Vladimir Putin, presidente da Rússia, declarou na quarta-feira (7) que a guerra ainda “vai demorar um pouco” para acabar, mesmo após quase 10 meses de conflitos. Além disso, fez um alerta ao crescente risco de que um conflito com armamento nuclear ocorra.
O presidente, que esteve em uma reunião do Conselho de Direitos Humanos da Rússia, disse que não vê a necessidade de uma maior mobilização de tropas, porém também disse que Moscou vai lutar com todos os recursos disponíveis no que ele costuma chamar de Operação Militar Especial.
Sem de fato excluir a ameaça do uso de armas nucleares, Putin diz que as possibilidades de usar essas armas em seu próprio território é muito limitada. Ele também alegou que que suas armas nucleares não são uma provocação e sim um dissuasor de conflitos. Ainda em declaração, o líder russo afirmou que consideram armas de destruição em massa como fonte de defesa do próprio país, no que chamam de “ataque de retaliação”.
Imagem de conflito entra a Rússia e Ucrânia. (Foto: Reprodução/BBC News Brasil)
O presidente também alertou para o fato de que muito do arsenal nuclear americano está localizado na Europa. O conflito entre a Rússia e a Ucrânia se deu devido a possibilidade da entrada da Ucrânia para a OTAN (Organização do Tratado Atlântico Norte) e a ameaça que isso traria ao território russo devido a antigos conflitos já existentes.
Apesar da evidente ameaça nuclear que paira a guerra, Putin ainda afirma que não “enlouqueceram” e que apesar de ter o recurso como forma de defesa, os russos não pretendem “brandir essas armas como uma navalha, correndo ao redor do mundo”.
Em setembro desde ano, em um ato de violação ao direito internacional, Putin havia anunciado a anexação de quatro regiões ucranianas ao seu território.
Desde março também deste ano, a maior usina nuclear da Ucrânia está ocupada pelos russos e bem sendo abalada pelos combates próximos a unidade, o que vem alertando o órgão de vigilância nuclear das nações unidas para um possível desastre.
Foto destaque: Presidente russo Vladimir Putin. Reprodução/Agência Brasil.