Putin assina decreto que facilita presença de ucranianos na Rússia

Edson Barbosa Por Edson Barbosa
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Neste sábado (27) o presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou um decreto que facilita a permanência e o trabalho de centenas de milhares de pessoas que deixaram a Ucrânia e seguiram para a Rússia desde a intervenção militar de Moscou naquele país.

Isso inclui pessoas aposentadas, mulheres grávidas e pessoas com deficiência. Publicado em um portal do governo, no decreto fica estabelece pagamentos de U$$ 170 mensais de uma pensão para pessoas que foram forçadas a deixar o território da Ucrânia desde 18 de fevereiro. Já as pessoas com deficiência o decreto diz, que também terão direito ao mesmo apoio mensal, enquanto as grávidas têm direito a um benefício único.

O texto informa ainda que os pagamentos serão feitos a cidadãos da Ucrânia e das autodenominadas Repúblicas Populares de Donetsk e Luhansk – duas entidades separatistas apoiadas pela Rússia no leste da Ucrânia que Moscou reconheceu como independentes em fevereiro em um movimento condenado pela Ucrânia e pelo Ocidente como ilegal.

Na Rússia, os ucranianos poderiam permanecer por no máximo 90 dias no período de seis meses e para trabalhar precisavam solicitar uma autorização especial. Agora, eles terão “o direito de exercer uma atividade profissional na Rússia sem a necessidade de permissão de trabalho”.

No mês de fevereiro o presidente Putin, chegou a ordenar que cada pessoa que chegasse à Rússia de Donetsk e Luhansk recebesse um pagamento de 10.000 rublos, o equivalente a R$ 826, 00 reais .

Já Moscou por sua vez tem dado passaportes russos aos ucranianos, no que a Ucrânia e os Estados Unidos dizem ser um esforço ilegal de Moscou para anexar o território que ocupou como parte do que eles consideram uma apropriação de terras imperialista russa.

Os donos de passaporte ucraniano e os habitantes dos territórios separatistas pró-Rússia de Donetsk e Lugansk (no leste da Ucrânia) poderão permanecer na Rússia “sem limite de tempo”, segundo as “medidas temporárias” publicadas neste sábado.


Conflito entre Rússia e Ucrânia. (Foto: Reprodução/Site fcnoticias)


O governo russo falou que está processando “uma operação militar especial” para se proteger e defender os falantes de russo que, segundo ela, foram perseguidos pelas autoridades ucranianas, algo que Kiev nega.

Para terem direito as medidas, os ucranianos devem passar por exames de detecção do uso de drogas e para doenças infecciosas, além de declarar sua presença deixando sua foto e impressões digitais nos arquivos.

Fica proibido por decreto a expulsão para a Ucrânia dos cidadãos do país, a não ser aqueles que cumpriram pena de prisão ou são considerados uma ameaça à segurança da Rússia.

Segundo Moscou, 3,6 milhões de ucranianos, incluindo 587.000 crianças, fugiram da Rússia depois da ofensiva militar determinada por Putin contra o país vizinho no fim de fevereiro.

Através de ajuda de ativistas, alguns refugiados, conseguiram deixar a Rússia pouco depois e seguir para outros países da Europa.

O governo russo anunciou em julho medidas para facilitar a naturalização de ucranianos, já Kiev chegou a denunciar a açaõ, como uma tentativa de Moscou de consolidar sua influência nos territórios conquistados por suas tropas.

 

Foto destaque: Reprodução/Reuters

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