“Putin não pode ficar com terreno da Ucrânia”, afirma Lula

Rodrigo Salzano Por Rodrigo Salzano
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em um café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto na última quinta-feira (6), afirmou que a Rússia “não pode ficar” com o território que invadiu da Ucrânia e ressaltou novamente a importância de os países entrarem em uma negociação para que o conflito se encerre.

Desde fevereiro do ano passado, quando as tropas russas invadiram a terra dos ucranianos, os combates continuam na região. Segundo estimativas, a Rússia já conquistou cerca de 160 mil quilômetros quadrados de seu país vizinho.

“Não é necessário ter guerra. Ah, o que é que o Putin quer? O Putin não pode ficar com o terreno da Ucrânia. Talvez nem se discuta a Crimeia, mas o que ele invadiu de novo vai ter que repensar”, comentou Lula. Para o presidente, é preciso reunir os países e negociar a paz com os presidentes Vladmir Putin (Rússia) e Volodymyr Zelensky (Ucrânia).

“O Zelensky não pode também ter tudo o que ele pensa que vai querer. A Otan não vai poder se instalar na fronteira. Tudo isso é assunto que a gente tem que colocar na mesa”, disse Lula. O petista defende que a integridade territorial dos países deve ser mantida.

Na próxima semana, Lula terá uma reunião com o atual presidente da China Xi Jinping, em Pequim, e esse assunto deve ser discutido entre os dois políticos.


Encontro entre Xi Jinping e Lula, em 2009. (Reprodução/EFE/Fernando Bizerra Jr)


Para o líder brasileiro, países como a China, o Brasil, os Estados Unidos, a Índia e a Indonésia tem condições de intermediar o fim do conflito do leste europeu.

Após mais de um ano de conflito, há apenas estimativas no número de baixas. Segundo o chefe de defesa da Noruega, a Rússia já sofreu com mais de 180 mil soldados mortos, enquanto o número de combatentes ucranianos falecidos ultrapassa 100 mil. Além disso, estima-se que mais de 40 mil civis acabaram morrendo em decorrência da guerra.

Foto destaque: Lula durante café da manhã com jornalistas. Reprodução/Ueslei Marcelino/Reuters

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