Maxwell Simões Correia, conhecido como “Suel”, foi preso essa semana por suposto envolvimento nos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes, e já havia sido preso antes por esse mesmo caso. O ex-bombeiro foi preso em 2020 e condenado no ano seguinte a quatro anos de prisão por obstrução de justiça, ao mexer em evidências, incluindo o que poderia ser a arma do crime.
Obstrução de justiça
A prisão foi promulgada na época pelo Juízo da 19ª Vara Criminal da Comarca da Capital, a mesma que o condenou em 2021. O Ministério Público do Rio de Janeiro soltou uma nota na época, afirmando que o acusado “prejudicou de maneira considerável as investigações em curso e a ação penal deflagrada na ocasião da operação ‘Submersus’, na medida em que frustrou cumprimento de ordem judicial, impedindo a apreensão do vasto arsenal bélico ali ocultado e inviabilizando o avanço das investigações.”
Suel sendo preso no Rio de Janeiro nesta segunda. (Foto: reprodução/TV Globo)
Condenado em 2021
Suel cumpriu a pena em regime aberto, prestando serviços à comunidade, e foi expulso do Corpo de Bombeiros em maio do ano passado, também sendo alvo de um processo disciplinar dentro da instituição. Em 2022, Maxwell passou a ter prisão domiciliar por 30 dias devido a uma cirurgia para retirada de uma pedra na vesícula, com a defesa afirmando que “excepcionalmente no presente caso, faz-se necessária a concessão de prisão domiciliar temporária, apenas e visando a realização do tratamento de forma particular, como forma de salvaguardar a vida, a saúde e a integridade física do réu”.
O ex-bombeiro foi preso novamente nesta segunda (24), em sua casa no Recreio dos Bandeirantes, e levado para a sede da PF na zona portuária. Ainda foram cumpridos outros sete mandados de busca e apreensão na cidade. Suel foi citado por Élcio Queiroz, que dirigiu o carro que perseguiu Marielle e está fazendo delação premiada, como parte dos planos para matar a vereadora, e iria participar do assassinato mas foi substituído antes do mesmo.
Foto destaque: Suel, preso pela Polícia Federal. Reprodução/Hermes de Paula/Agência O Globo
