Um total de 574 mil pessoas que ficaram sem acesso à energia elétrica em decorrência da tempestade no Rio Grande do Sul nesta terça-feira (16). Já nesta quinta-feira (18), ainda são 416 mil sem fornecimento de luz em suas casas, e a capital do estado, Porto Alegre, decretou situação de emergência.
Conforme as concessionárias tem informado a situação, do número registrado, 272 mil são atendidos pela Rio Grande Energia (RGE) e 144 mil atendidos pela Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE). Do número somado, a maioria dos clientes sem abastecimento de energia elétrica so localizam na Região Metropolitana – onde estão, no mínimo, 170 mil clientes.
A estimativa é de que até sábado (20), todos os consumidores tenham a rede elétrica reestabelecida. Com o apagão persistindo por tanto tempo, foram presenciadas cenas como pessoas indo para shoppings em Porto Alegre para carregar os celulares e tentar conseguir conexão à internet, além de supermercados com escassez de velas e gelo devido à alta procura.
Chuvas fortes são registadas no Rio Grande do Sul (Foto: reprodução/Youtube/UOL)
Normalização da energia
Em comunicado durante a quarta-feira (17), o governador do Rio Grande do Sul cobrou as fornecedoras de energia elétrica sobre a situação. “O que a empresa precisa fazer, além de garantir o atendimento e o restabelecimento o mais rápido possível, é também se relacionar adequadamente,” afirmou o governador Eduardo Leite (PSDB). “Eu fiz um contato com o presidente do Grupo CEEE Equatorial aqui para demandar exatamente isso.”
Por todo o estado, as prefeituras e municípios tem emitido demandas similares, além de decretar estados de emergência. Nos útlimos dois dias a situação elétrica foi normalizada apenas para cerca de 150 mil pessoas, enquanto que a recuperação completa da rede ainda não tem prazo certo, embora as fornecedoras tenham assegurado de que estão trabalhando para entregar uma resolução.
Rio de Janeiro e São Paulo
Para além do Rio Grande do Sul, um ciclone se formou no litoral do estado após a tempestade de terça-feira, e ele pode trazer chuvas fortes para outras regiões do país, como Rio de Janeiro e São Paulo. “O ciclone pode também ser chamado de centro de baixa pressão e tem uma tendência de formar uma frente fria. Com isso, pode proporcionar chuvas e tempo severo nessas áreas,” explicou Andrea Ramos, meteorologista do Inmet. “O ciclone facilita a formação de cavados, que geram áreas de instabilidade e podem manter chuvas em São Paulo, Rio de Janeiro e sul e centro de Minas, principalmente no final de semana.“
No entanto, mesmo no período de risco, as temperaturas devem permanecer altas na região devido ao fenômeno El Niño.
Foto destaque: foram registrados mais de 100 milímetros de chuva e ventos com de mais de 100 km/h (Reprodução/x/@Prefeitura_POA)