Registros de assédio eleitoral chegam a 447 casos, de acordo com o MPT

Rayssa Tarouco Por Rayssa Tarouco
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O número de registros de assédio eleitoral feito por empresas a seus funcionários chegou a 447 casos, de acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT). Na semana passada o número de casos registrados era de 173, ou seja, o número mais que dobrou em uma semana.

A região Sul é a que contém o maior número de denúncias, sendo contabilizados 171 casos ao todo, com o estado do Paraná sendo o líder em número de ocorrências, com 64 denúncias, seguido por Santa Catarina com 54 denúncias e fechando o top 3 do ranking geral do Brasil, aparece o Rio Grande do Sul com 53 denúncias. Todos os estados são da região sul do país, os números de casos de denúncia foram contabilizados até a tarde desta terça-feira (18).

O assédio eleitoral ocorre quando um empregador age de maneira a coagir, fazendo ameaças ou prometendo benefícios em troca de seu funcionário votar em determinado candidato. O número de denúncias é alto e vem preocupando os cidadãos brasileiros, principalmente aqueles que sofrem ameaças de serem demitidos, por exemplo.


Ilustração de uma discussão no ambiente de trabalho (Foto: Reprodução/ Twitter)


José de Lima Ramos Pereira, Procurador-Geral do Trabalho, afirmou que diferente das últimas eleições, os mais de 400 casos de denúncia de assédio eleitoral contabilizados apenas no 2º turno das eleições de 2022, foram feitas em quase 400 empresas. Este número representa que as denúncias estão mais espalhadas e menos concentradas em um ambiente apenas. Nas últimas eleições o número estava concentrado em poucas empresas.

José de Lima falou com a imprensa após reunião com Alexandre de Morais, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo ele, foram discutidas medidas para abolir o assédio eleitoral. “A tendência de alta é evidenciada e contra fatos não tem argumentos. Então realmente houve um aumento, houve uma disseminação, a forma da banalização do que é ilícito ficou muito evidenciada e é isso que a gente tem que combater”, disse José de Lima. 

“Então, a reunião de hoje foi para aproximar as instituições, fazer com que a gente consiga articular atos e atitudes e para combater essa disseminação atual de ilícito, de assédio eleitoral”, completou o Procurador-Geral do Trabalho.

Foto Destaque: Imagem de uma urna eleitoral. Reprodução/Twitter

 

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