Ministra de Relações Exteriores do Reino Unido, Liz Truss, diz que enviará investigadores à Ucrânia para auxiliar na coleta de evidências de crimes de guerra, incluindo violência sexual, nesta sexta-feira (29). Moscou nega ter cometido atos relacionados a crimes de guerra contra a Ucrânia ou alvejado civis durante uma guerra que matou milhares de pessoas.
Os promotores ucranianos e o Tribunal Penal Internacional (TPI) estão em trabalho de investigação referente a possíves crimes de guerra na Ucrânia desde a invasão russa em 24 de fevereiro. O que o Kremlin chama de “operação militar especial” para desmilitarizar seu vizinho.
Após uma reunião com funcionários do TPI, Liz Truss anunciou que uma equipe britânica irá para a Ucrânia em maio com ênfase especial na investigação de estupros com possível crime de guerra.
“Isso é feito para subjulgar as mulheres e destruir comunidades e queremos que isso pare”, destacou.
“Trata-se de coletar uma ampla gama de evidências, depoimentos de testemunhas, evidências forenses e evidências de vídeo”, disse ainda Truss ao lado de fora do prédio do tribunal em Haia.
Truss se reuniu com seu colega holandês Wopke Hoekstra com o intuito de conversas para novas sanções à Rússia, incluindo a suspensão da compra de combustíveis fósseis russos.
Os dois aliados da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) estão intimamente estão alinhados com a política exercida na Ucrânia. Ambos apoiam o fornecimento de armamento pesado para o combate na guerra.
Truss e Hoekstra também apoiam a proibição das exportações russas de energia para a Europa, o que inclui o gás, até o final de 2022.
Truss garantiu que o Reino Unido fortalece o processo de oposição contra os líderes russos pelo crime de guerra e agressão.
“Queremos que todos os crimes sejam processados”, disse Truss.
Ela ainda acrescenta: “Estou preocupada que, se houver foco na criação de um tribunal adicional, desviará recursos dessa coleta de evidências vitais”.
Foto em destaque: Ministra de Relações Exteriores do Reino Unido diz que uma equipe britânica irá para Ucrânia investigar crimes de guerra. (Wolfgang Schwan/ Getty Images)