Renato Cariani é indiciado pela Polícia Federal por tráfico e lavagem

Nicollas Alcântara Por Nicollas Alcântara
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Após prestar depoimento à Polícia Federal durante quatro horas, o influencer fitness Renato Cariani foi indiciado por associação ao tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e tráfico equiparado. Cariani compareceu à sede do órgão na tarde de segunda-feira (18), afirmando que esclareceria os fatos após a sua oitiva.

Indiciado por associação ao tráfico

O influencer é suspeito de fornecer produtos químicos, por meio da empresa Anidrol, da qual é sócio, para a produção de grandes quantidades de entorpecentes, incluindo cocaína e crack. Dois depoimentos adicionais aguardam, sendo eles da sócia-administrativa da Anidrol, Roseli Dorth, e de Fábio Spinola, responsável por movimentações financeiras vinculadas à conta da Anidrol, supostamente em nome da farmacêutica AstraZeneca.

Desde a última terça-feira (12), a PF executou 18 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Minas Gerais e Paraná, incluindo na sede da Anidrol, localizada em Diadema, e na residência do empresário fitness. A investigação aponta que Cariani utilizava nomes de farmacêuticas para encobrir o desvio de substâncias destinadas à produção de drogas.


A Anidrol, empresa de Cariani, foi um dos alvos da investigação da Polícia Federal (Foto: reprodução/YouTube via Diário do Nordeste)


Investigações das empresas suspeitas

Uma das empresas investigadas teria fornecido 2.050 litros de solvente, suficientes para a produção de 1.640 kg de cocaína, além de substâncias adulterantes capazes de gerar mais de 15 toneladas, juntamente com fenacetina, utilizada na fabricação de crack.

Vale ressaltar que a Anidrol já havia enfrentado questionamentos legais em 2015, quando a Receita Federal investigou suas negociações com a AstraZeneca. Na ocasião, a empresa de Renato afirmou não ter recebido os produtos e negou qualquer relação comercial com empresas nacionais.

Renato apresentou à Justiça uma troca de e-mails com Augusto Guerra, que se apresentava como representante da AstraZeneca. No entanto, o nome falso foi associado a Fábio Spinola, proprietário de uma empresa automotiva em Diadema, envolvido na operação Downfall, em maio de 2023, que visava operações do tráfico internacional de drogas.

Foto destaque: Renato Cariani em foto do Instagram (Reprodução/Instagram/@renato_cariani)

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