Rússia acusa Estados Unidos de usar armas químicas e exige investigação na ONU

Mateus da Assunção Por Mateus da Assunção
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Uma reunião extraordinária no Conselho de Segurança da ONU foi agendada pela Rússia para discutir “atividades militares biológicas dos Estados Unidos no território da Ucrânia”. A data escolhida para a reunião, que não estava previamente planejada, foi esta sexta-feira (11), iniciando-se às dez horas da manhã (meio-dia no horário de Brasília).

De acordo com o governo russo, estadunidenses e ucranianos estariam se envolvendo no desenvolvimento de armas químicas em laboratórios do país europeu, embora os acusados negam veementemente tais apontamentos. A Rússia é, no entanto, também objeto de acusações similares por parte do Reino Unido e dos EUA.

A situação muito lembra a postura russa no ano de 2018, quando insistia na possível presença de armas químicas no território da Geórgia, ex-república soviética que, assim como sua vizinha, Ucrânia, também foi seduzida pelas propostas da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte).  Vale lembrar que a entrada na organização é um dos motivos da atual guerra.


A troca de farpas entre EUA e Rússia sobre armas químicas não é recente (Foto: Reprodução/TheEconomist).


A OTAN foi criada em 1949 no intuito de fortalecer a resistência contra a União Soviética. Com o fim da chamada “Cortina de Ferro” e a decadência do comunismo no Leste Europeu, a organização permaneceu ativa na Europa, tendo desde então como maior rival no continente a administração Putin.

O presidente russo, por outro lado, tem sido enfático desde o início de seu governo (há 22 anos ativo) na defesa dos velhos interesses da Rússia e seus aliados no oriente, ou que passou a ser chamado pejorativamente, a partir da administração Bush, de “Eixo do Mal”. Agora boicotado pelo ocidente e alvo de inúmeras sanções, Putin parece querer usar os mesmos recursos contra seus inimigos.

No Twitter, a missão russa na ONU relatou ter “resultados da análise de documentos relacionados às atividades militares biológicas dos Estados Unidos na Ucrânia”, defendendo a tese a partir de inúmeras observações a respeito do comportamento de animais da região.

 

Foto Destaque: CARLO ALLEGRI/REUTERS via R7

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