Nesta quinta-feira (22), foi emitido um comunicado russo para a imprensa a respeito do fornecimento de sistemas de mísseis Patriot enviado dos Estados Unidos para a Ucrânia, após visita do presidente Volodymyr Zelensky ao presidente Joe Biden. A Rússia afirmou que tal ato não ajudará na resolução dos conflitos e não impedirá que o país alcance seus objetivos.
Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, disse por telefone aos jornalistas que os Estados Unidos estão travando uma guerra por procuração com a Rússia “até o último ucraniano”, pois não haviam sinais de disposição para negociações de paz na visita feita por Zelensky.
O presidente ucraniano disse ao congresso americano, na quarta-feira (21), que “Seu dinheiro não é caridade. É um investimento na segurança global e na democracia que administramos da maneira mais responsável”, ao pedir ajuda financeira aos EUA.
O discurso de Zelensky reflete sobre o futuro próximo, quando no dia 3 de janeiro os democratas sairão do controle da Câmara dos Deputados dos EUA e assumirão os republicanos, do qual alguns já expressaram ceticismo sobre o envio de tanta ajuda à Ucrânia durante a guerra. Além dos misseis, que tem como finalidade ajudar os ucranianos a afastarem os mísseis russos, foi anunciado também mais de US$ 1,85 bilhão em auxílio militar.
O presidente ucraniano ainda afirmou que o sistema de mísseis Patriot é importante para a defesa aérea do país. “Esta é a única maneira de privar o Estado terrorista de seu principal instrumento de terror – a possibilidade de atingir nossas cidades, nossa energia”, disso Zelensky durante uma coletiva na Casa Branca que contou com a presença do presidente americano.
Danos dos mísseis russos em Kiev, capital da Ucrânia (Foto: Reprodução/Made for Minds).
Em declaração, a Rússia diz ter lançado o que chamam de “operação militar especial” na Ucrânia para acabar com nacionalistas e proteger as comunidades de língua russa. Na Ucrânia e no Ocidente, as ações da Rússia são descritas como agressões não provocadas. Republicanos americanos, que são contra o auxilio dos EUA aos ucranianos, pedem o fim da ajuda e uma auditoria para rastreamento do dinheiro que já foi cedido.
Ucranianos sofrem com falta de energia e água corrente durante o auge do inverno local devido a ataques russos à infraestrutura de energia nas últimas semanas.
Foto destaque: Soldado de tropa separatista russa próximo a escombros de prédio atingido durante a guerra. Foto: Reprodução/Uol.
