Nesta quinta-feira (27), a Samsung nomeou Jay Y. Lee, seu líder há muito tempo, como presidente executivo da empresa mais valiosa e conhecida da Coreia do Sul. Lee já havia ocupado o título de vice-presidente. O conselho da Samsung, ao aprovar a mudança, “citou o atual ambiente de negócios global incerto e a necessidade premente de maior responsabilidade e estabilidade dos negócios”.
A nomeação aconteceu poucos meses depois que Lee, que vem de uma das famílias mais poderosas da Coreia do Sul, foi perdoado pelos crimes de peculato e suborno. No mês de agosto, ele recebeu pessoalmente a desculpa do presidente do país por sua suposta irregularidade, as autoridades citaram uma crise econômica que exigia a atenção de seus principais líderes empresariais.
Com o perdão, encerrou-se uma proibição de cinco anos em que Lee ocupava um cargo formal na Samsung. O bilionário que foi preso duas vezes, se encontrava em liberdade condicional desde o ano passado. Lee, que também é conhecido como Lee Jae-yong, vem fazendo o papel de líder da Samsung desde 2014, ano em que seu pai entrou em coma após sofrer um ataque cardíaco. O sênior Lee morreu alguns anos depois, em 2020.
Jay Y. Lee é o novo presidente executivo da Samsung (Foto: Reprodução/Twitter)
Lee, prometeu uma reunião com sua equipe para falar sobre o desejo de preservar o legado do pai. Vale destacar que a Samsung, em maio, anunciou que fará com que o conglomerado despeje mais de US$ 350 bilhões em seus negócios e crie 80.000 novos empregos nos próximos cinco anos. A esperança é de que a maioria dos empregos seja na Coreia do Sul, e que os fundos sejam direcionados principalmente para negócios como fabricação de chips e produtos biofarmacêuticos.
A Samsung, divulgou recentemente uma queda considerável de 31% nos lucros operacionais, registrando quase 10,9 trilhões de wons coreanos (US$ 7,6 bilhões) no terceiro trimestre, quando comparado com os 15,8 trilhões de wons (US$ 11,1 bilhões) durante o mesmo período no ano passado. A empresa informou que “a fraca demanda por telefones celulares e TVs” estava prejudicando seus resultados, mas espera que “a demanda se recupere parcialmente em 2023”. No entanto, reconhece que a pressão econômica global provavelmente continuará afetando seu desempenho.
Apesar de resultados ruins, o grupo também obteve vendas recordes, com a receita atingindo 76,8 trilhões de wons (quase US$ 54 bilhões) no terceiro trimestre, e mesmo com “um ambiente de negócios desafiador”, ainda prevê que sua receita anual supere a de 2021. Após os anúncios na quinta-feira, as ações da Samsung subiram quase 1% em Seul.
Foto destaque: Marca Samsung. Reprodução/Twitter