São Paulo: média de internações sobe, mas a preocupação mesmo é com os problemas respiratórios.

Mateus da Assunção Por Mateus da Assunção
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Neste mês de dezembro, o estado brasileiro de São Paulo está começando a identificar uma subida na média de internações por razão da pandemia de COVID-19 ou ao menos suspeita da doença. Os dados são do próprio governo estadual e apontam para 378 internações ao dia – o que comparado com a informação de duas semanas atrás (285 pessoas) já registra 32,6% de aumento.


                                            Números das internações de COVID-19 no estado. (Foto: Reprodução/TV Globo/G1)

Quanto ao número, contrastando com o que o estado já atingira em tempos mais problemáticos – isto é, 3339 novas internações –, a situação pode ainda ser considerada sob controle. No entanto, parece haver um novo tipo de preocupação rondando a mente dos especialistas: os problemas respiratórios. Mesmo a variante ômicron, que não levou ainda a internações no hospital Tide Setúbal, na Zona Leste da capital, não aponta, neste momento, a preocupações maiores.

O estabelecimento, que é referência em área de saúde, segundo o G1, já atingiu a marca de 250 entradas na sua instituição pelos casos de problemas de respiração, tendo a maior parte deles atacado crianças, que já são 150 do número total.

Em entrevista dada à plataforma, o secretário estadual da saúde, Jean Gorinchteyn, atribuiu o mal à consequência direta dos ataques ao sistema imunológico vindos da doença. Confira o que foi dito:

“Tanto o vírus da gripe quanto os vírus respiratórios e os vírus do resfriado comum acabaram fazendo com que muitas pessoas, especialmente da faixa etária pediátrica, procurassem os pronto-socorros, e precisando de internação. Nós não tivemos nesse contingente todo de mais casos de coronavírus, principalmente [casos] da variante ômicron circulando na nossa população”, disse o secretário.

“Talvez isso já possa estar acontecendo com quadros muitos leves, frente à vacinação não fazem quadros mais expressivos, com quadros respiratórios como vimos no ano passado”.


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Levadas em conta as informações, o governo do estado estará prolongando o uso obrigatório das máscaras até 31 de janeiro. O governador João Dória assinou o decreto e o secretário de saúde ratificou a importância da empresa Pfizer liberar a vacinação para crianças; o caso, segundo o responsável, poderá ser levado ao STF caso haja resistência frente a requisição do governo. 

 

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