Após conversar por telefone com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o presidente Joe Biden visitará Israel para se encontrarem pessoalmente. De acordo com informações repassadas pelo secretário de Estado, Antony Blinken, a viagem servirá para reafirmar o apoio americano aos israelenses e para traçar um plano que proporcione a chegada de ajuda aos civis que se encontram na Faixa de Gaza.
Durante a coletiva ocorrida em Tel Aviv, Blinken reforçou que o encontro também discutirá a melhor forma para a liberação dos reféns que se encontram sob o poder do Hamas. Além disso, devem debater uma forma de que as assistências necessárias cheguem ao território sem beneficiar o grupo terrorista que já matou mais de 1.400 pessoas, sendo a maioria deles civis. Em seguida, Biden viaja para a Jordânia onde vai se encontrar com autoridades locais.
Erro em ocupar Gaza
Em entrevista concedida ao programa “60 Minutes”, da rede americana CBS, o presidente americano disse considerar um “grande erro” a tentativa de ocupação terrestre da Faixa de Gaza por parte de Israel. “O que aconteceu em Gaza, na minha opinião, é o Hamas, e os elementos extremistas do Hamas não representam todo o povo palestino”, disse o mandatário, complementando com a necessidade da criação de um Estado palestino.
A ideia de uma ocupação foi rejeitada pelo representante israelense na ONU, Gilad Erdan, que afirmou que o país está lutando pela sua sobrevivência, e isso passa diretamente pelo desmantelamento do Hamas. Portanto, todas as medidas necessárias serão tomadas. Além disso, ele não respondeu à questão de como Gaza seria administrada caso os terroristas sejam desmantelados ao final do conflito. “O único foco deve ser como libertar os reféns, como garantir o nosso futuro”, disse.
Relembre o conflito até aqui
No dia 07 deste mês, o Hamas iniciou uma invasão do território de Israel, que se estendeu pelo ar, mar e terra. Homens armados em motos sequestraram dezenas de crianças e mulheres, levando-as como reféns para áreas próximas à Faixa de Gaza. Até o momento, o conflito entre os dois lados resultou na morte de 4.207 pessoas, de acordo com o balanço divulgado na segunda-feira (16).
Foto destaque: Presidente Joe Biden. Reprodução/Michael Reynolds/EPA