Segundo a ONU, Faixa de Gaza é o lugar mais perigoso para jornalistas

Nicollas Alcântara Por Nicollas Alcântara
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A Faixa de Gaza se tornou um cenário de extrema periculosidade para jornalistas e suas famílias, conforme apontado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Desde os ataques ocorridos em 7 de outubro, a trágica estatística revela que, pelo menos, 57 jornalistas palestinos perderam a vida nessa região, conforme documentado pelo Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ). Ampliando a perspectiva, o total de vítimas fatais desde os ataques iniciados pelo Hamas inclui, quatro jornalistas israelenses e três libaneses, conforme informações fornecidas pela mesma entidade.

Relevância da cobertura jornalística 

A ONU, através do Gabinete dos Direitos Humanos nos Territórios Palestinos Ocupados, ressaltou a relevância do papel desempenhado por esses profissionais em manter o mundo informado sobre os acontecimentos em Gaza, reconhecendo sua dedicação. No entanto, em um comunicado, a organização lamentou a perda progressiva desses “olhos no terreno”, observando o impacto devastador dessas mortes na capacidade de relato direto da situação.

Além das tragédias humanas, a ONU expressou sérias preocupações acerca de relatos disseminados sobre ameaças e intimidações dirigidas a jornalistas e trabalhadores da mídia por parte do pessoal de segurança israelense. Essas alegações, amplamente divulgadas, lançam uma sombra sobre a liberdade e segurança dos profissionais da imprensa, que buscam desempenhar seu papel na cobertura dos eventos em Gaza.


Colete de proteção que pertenceu a Wael Al-Dahdouh, jornalista da Al Jazeera, em Khan Younis. (Foto: reprodução/Bassam Masoud/REUTERS)


Repercussão 

Adicionalmente, o assassinato e o deslocamento forçado desses jornalistas, têm repercussões significativas na capacidade desses profissionais de cumprir sua função, restringindo e comprometendo o fluxo de informações provenientes diretamente da região de Gaza. Essa situação levantou questões importantes sobre a segurança e a liberdade de imprensa em contextos de conflito, demandando uma atenção global para a salvaguarda da integridade e proteção dos jornalistas em zonas de instabilidade.

Foto destaque: sete jornalistas morreram enquanto cobriam os combates na Faixa de Gaza; ONU afirma que a Faixa de Gaza se tornou o lugar mais perigoso do mundo para jornalistas (Reprodução/Via O Globo)

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