Segundo analista militar, guerra entre Israel e Gaza será longa

Magda Costa Por Magda Costa
3 min de leitura

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou no sábado (28) que a guerra contra o grupo terrorita Hamas enfretará uma nova fase, ou seja, uma invasão por terra. As informações foram veiculadas do site G1.

Segundo Ronaldo Carmona, professor de geopolítica da Escola Superior de Guerra e pesquisador do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), a invasão teria sido preparada durante três semanas e será a causa de muita discussão dentro das forças armadas de Israel por ser uma ação de grandes obstáculos.

Após a invasão terrorista ao território de Israel, em 7 de outubro, que ocasionou a morte de 1.400 israelenses e o sequestro de mais 200, forças militares israelenses contra-atacaram decretando guerra contra o Hamas.

 

Entrada de Israel no território palestino

Nas primeiras semanas de guerra, Israel decidiu atacar através de bombardeios aéreos. Considerada uma área densamente povoada, israelenses começaram a entrar no território palestino somente na semana passada.

Ronaldo esclarece que a posição de quem defende o território é mais vantajosa, por ser o lado de quem conhece as edificações, fazendo o controle de túneis e tendo a opotunidade de atacar de surpresa.


A área de Gaza equivale a um quarto da cidade de São Paulo. (Foto: reprodução/ BBC News Brasil)


Em relação aos estrategistas militares, nessa situação, existe um motivo de um soldado que defende o território contra sete que atacam, no caso, é necessário sete israelenses para aniquilar cada membro do Hamas na cidade de Gaza.

Carmona afirma que se Israel atacar com uma força excessiva poderá perder sua legitimidade da guerra na opinião pública internacional, e um avanço lento causaria uma permanência por muito tempo no território do Hamas, tornando os israelenses vulneráveis.

 

Hamas tem vantagem em território

O Hamas tem vantagem no território  e os israelenses procuram evitar colocar a vida dos reféns em risco. Nesta segunda-feira (30), Israel libertou um refém e tenta resgatar os israelenses sequestrados.

Segundo Carmona, dessa forma é quase impossível devido duzentos reféns que estão separados em locais de difícil acesso, sendo o grande ativo do Hamas e que dificilmente irão abrir mão para uma negociação.

Objetivos

Carmona diz que os israelenses podem até arruinar a estrutura e presença física do Hamas, mas que pela via militar, ocorrerá de muitos palestinos adotarem táticas similares às do Hamas contra Israel.

Ele afirma ainda, que apesar dessa simetria, a solução para o conflito não irá acontecer pela via militar.

 

Foto destaque: As ofensivas do Hamas foram justificadas como resposta ao aumento da violência contra o povo palestino (Reprodução/ Ahmed ZAKOUT / AFP

Deixe um comentário

Deixe um comentário Cancelar resposta

Sair da versão mobile