Segundo pesquisa divulgada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta sexta-feira, o preço da gasolina convencional nos postos brasileiros caiu 3 %, para R$ 5,89 nesta semana. Com a quarta queda semanal consecutiva, o preço médio atingiu seu nível mais baixo desde agosto de 2021.
Um estudo dos reguladores desta semana levou em conta, em parte, a redução de 4,9 % na gasolina produzida pela Petrobras (PETR3, PETR4), que entrou em vigor na refinaria nesta quarta-feira (20).
O preço médio do gasóleo S10 ficou praticamente estável em relação à semana anterior, com leve queda de 0,4 %, atingindo R$ 7,55 por litro. A Petrobras não modificou os preços dos combustíveis nas refinarias. O etanol hidratado teve queda de 2 % em relação à semana passada, e vendendo a um preço médio de 4,32 reais por litro.
A redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) foi um dos principais motivos da queda nos preços dos combustíveis. Além da queda média do preço do petróleo anunciada nesta quarta-feira (20), pela Petrobras.
Placa mostra preço da gasolina por R$5,79 (Foto: Reprodução/Portal No Cariri Tem)
Detalhes da pesquisa ANP
Durante o mês de junho, o preço do litro do diesel e da gasolina atingiu os maiores preços pagos pelos consumidores desde que a ANP iniciou a pesquisa semanal de preços em 2004. Mesmo com a queda dos preços dos combustíveis, ele continua mantendo uma queda acumulada de apenas 1,7 %.
A pesquisa realizada pela ANP coletou os preços de mais de 5.000 postos de gasolina no Brasil. Vale lembrar que o valor final dos preços dos combustíveis nas bombas depende não apenas dos valores cobrados das refinarias, mas também dos impostos e margens de lucro das distribuidoras e revendedoras.
Queda nos preços dos combustíveis
A atual redução do preço do combustível se reflete na limitação do imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Os estados adotaram essa redução após a validação do projeto que visa implementar impostos sobre itens como gasolina, dieselm energia elétrica, transporte coletivo e comunicações.
O texto do projeto indica que, esses itens podem ser classificados como essenciais e indispensáveis, desde modo, o estado está impedido de cobrar taxas superiores à alíquota geral, que varia de 17% a 18%, e depende da localização. Até então, os preços dos combustíveis e de outros bens que o projeto beneficia eram considerados supérfluos e pagavam, em alguns casos, até 30% do ICMS.
Foto Destaque: Reprodução/Folha PE