Segundo porta-voz, Ucrânia teve êxito em contraofensiva; autoridades russas discordam

Eduardo Raddi Por Eduardo Raddi
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Nesta segunda-feira (29), o porta-voz do Comando Militar do Sul da Ucrânia afirmou que o país teria iniciado sua primeira contraofensiva sobre as forças da Rússia. Ela teria como principal alvo a cidade portuária de Mariupol, grande ponto estratégico russo por conta de sua posição geográfica. Outro alvo ucraniano é a cidade de Kherson. “Hoje começamos ações ofensivas em várias direções, inclusive na região de Kherson”, afirmou a porta-voz do comando do sul Natalia Humeniuk.

A ofensiva acontece em um período de relativa estagnação da guerra, que já durava algumas semanas. Devido ao armamento fornecido pelos países do ocidente, as contraofensivas ucranianas não eram tão inesperadas. Na quarta-feira (31) se completam 189 dias desde o início da guerra.

Em resposta durante relatório noturno, o porta-voz de defesa russo Igor Konashenkov afirmou que o ataque foi frustrado. “Como resultado da defesa ativa das forças russas, as unidades do exército ucraniano sofreram baixas pesadas. As perdas do inimigo chegaram a mais de 560 soldados”, relatou Konashenkov, que ainda disse que a ofensiva ordenada pelo presidente de extrema-direita Volodmir Zelenski “fracassou miseravelmente”.


 

Zelensky se pronunciou em relação às contraofensivas. (Foto:Reprodução/AFP)


Nesta terça-feira (30) a Rússia ainda bombardeou o centro de Kharkiv. A cidade, localizada no nordeste da Ucrânia, é também a segunda maior do país. O prefeito de Kharkiv, Igor Terekhov, anunciou cinco mortos e sete feridos até então.

Zelenski, no que lhe concerne, afirmou que a Ucrânia está “recuperando o que é seu, e que as tropas do país não precisam de anúncios nem de ondas de informação para cumprir o objetivo que o país pretende alcançar”. Segundo o Comando Militar do Sul, a Ucrânia destruiu mais de dez depósitos de munição russos. O resto da operação, como explicitou o presidente ucraniano, permanece sigiloso.  

O governador da Crimeia, Sergei Aksyonov, caracterizou o anúncio como “propaganda ucraniana”. A Crimeia foi anexada pela Russia em 2014 sendo controlada por Moscou desde então.

Foto Destaque: Mariupol é um dos principais alvos de ambos os países. Reprodução/Wolfgang Schwann/Getty Images

 

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