Nesta quarta-feira (22), a então diretora-executivo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Catherine Russell, afirmou que a Faixa de Gaza é o lugar mais perigoso do mundo para as crianças. Números mostram que a quantidade de crianças palestinas mortas até o momento, pode chegar em 5.300 vítimas.
Números assustadores
Enquanto a Catherine Russell realizava um discurso ao Conselho de Segurança da ONU nesta quarta-feira (22), a diretora da Unicef citou alguns tópicos importantes com relação aos conflitos que ocorrema atualmente na Faixa de Gaza. “Mais de 5.300 crianças palestinas foram supostamente mortas em apenas 46 dias. São mais de 115 por dia, todos os dias, durante semanas e semanas” afirmou Catherine em seu discurso, ainda acrescentando: “com base nestes números, as crianças equivalem a 40% das mortes em Gaza (…) isto não tem precedentes. Em outras palavras, a Faixa de Gaza é o lugar mais perigoso do mundo para ser uma criança”.
Além do assustador número de vítimas citado por Catherine, a mesma ainda afirmou em seu discurso que a Unicef vem recebendo relatos de que, mais de 1.200 crianças ainda permanecem desaparecidas ou seguem sob escombros de construções que foram bombardeadas.
Catherine Russell em discurso a ONU (foto: reprpdução/unicef.org/Evan Schneider)
Visita e pausa
Catherine Russell fez seu discurso para ONU uma semana após ter feito uma visita a Gaza e assim, visto com os próprios olhos tudo o que estava acontecendo na região. Ela afirmou que, por lá, acontecem graves violações aplicadas a crianças, tais como: raptos, mutilações, assassinatos, negação de acesso humanitário e também ataques em escolas e hospitais.
Entretanto, nesta terça-feira (21), foi acordado entre Israel e Hamas uma pausa humanitária de quatro dias, cujo o intuito é permitir a libertação de 50 reféns (aproximadamente) que se econtram detidos em Gaza, neste caso falando de mulheres e crianças. Ao mesmo tempo, 150 palestinos que se encontram em prisões em Israel também serão libertados.
Foto destaque: registro de crianças sentadas em mantimentos (reprodução/jornaldebrasilia/SAID KHATIB)