O ex-juiz e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro, Sergio Moro, deu uma entrevista contundente nesta quarta-feira. À Rádio Capital FM, do Mato Grosso, o pré-candidato à Presidência da República chamou o atual governo de “negligente”:
“Como é que a gente pode defender um governo desse? Com pessoas [com fome] da fila de ossos, um governo que foi negligente com as vacinas, um governo que ofende as pessoas, um governo que desmantelou o combate a corrupção. Tudo isso por medo do quê? Do PT? Não. Tem gente que combateu o PT na história de uma maneira muito mais efetiva, muito mais eficaz: a Lava Jato”, declarou Sergio Moro à rádio.
Último cargo público de Moro foi em Ministério de Jair Bolsonaro (Foto: Marcos Corrêa/PR)
A declaração foi dada a partir do momento em que o ex-juiz da Lava Jato foi indagado sobre o fato de integrantes de seu partido, o Podemos, manifestarem apoio público (e implícito) ao governo do presidente Jair Messias Bolsonaro, seu atual desafeto.
Sergio Moro ainda declarou que a operação Lava Jato somente levou à tona “os esquemas de corrupção e mostrou o que o PT verdadeiramente é”.
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O pré-candidato do Podemos ainda disparou:
“Agora vai apoiar o presidente atual por quê? Por que? Qual é o motivo? Se é uma questão meramente política? O objetivo é ganhar eleições? Eu acho que tem que ser para servir e proteger a população brasileira, e o nosso projeto vai nessa linha”, bradou Moro.
As palavras de Sergio Moro, como o esperado, geraram comoção nos antros petistas do Brasil. O ex-deputado estadual e ex-secretário da prefeitura de Fernando Hadadd (PT) em São Paulo, Simão Pedro, afirmou no Twitter que Moro deveria estar preso. Ele ainda expressou sentir nojo do pré-candidato. Já o deputado federal Paulo Teixeira chamou o ex-juiz, que condenou Lula, de “justiceiro” e “criminoso”.
Foto de destaque: Lula Marques/Agência PT
