De acordo com levantamento feito pelo G1, grande parte das forças policiais dos estados brasileiros estão utilizando, testando ou avaliando o uso de câmeras portáteis nas ações. Em reportagem feita pelo site, que utilizou da Lei de Acesso à Informação e contatou assessorias dos estados para obter dados, 7 das 26 unidades de federação utilizam a tecnologia, 10 estão em andamento para adotar a medida, 9 estudam aderir e apenas 1 não tem planos.
As câmeras são utilizadas para registrar a atividade dos policiais, seja em operações, abordagens, ou outras, para monitorar o uso de força excessiva, encontrar irregularidades, proteger os próprios policiais, entre outros. O gravador fica acoplado ao uniforme dos policiais, capturando suas ações, também com microfones.
Bodycam, tecnologia utilizada para capturar imagens em ação policial. (Foto: Reprodução/PMSP)
Números positivos
Os que utilizam as câmeras são Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo, com o último contando com 10 mil câmeras, cerca de 52% de sua frota, maior número do país. Desses sete, quatro estados tiveram uma média de letalidade policial menor que o habitual em 2022; os outros três tiveram aumento. Porém, é importante ressaltar que a polícia militar do Rio de Janeiro, entre esses três com aumento e com o segundo maior número de equipamentos, foi acusada de manipular as imagens.
Estados querem aderir
Entre os estados que pretendem adotar a medida estão o Acre, Alagoas, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul e Roraima. Entre os que estudam a medida estão Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Sergipe e Tocantins. O único estado que não tem planos para utilizar a tecnologia é o Maranhão, que afirmou que ainda não há discussões para utilização das câmeras.
Foto destaque: Policiais mostrando a câmera acoplada. Reprodução/Rubens Cavallari/Folhapress