O arsenal de tecnologia de vigilância da cidade-estado Singapura demostra seu poder, ao controlar movimentos e comportamentos sociais indesejáveis de seus cidadãos com uma máquina chamada robô-patrulha, testada durante três semanas em setembro, ela traz a sensação de observação e limitação a população.
Uma restrição conhecida ao redor do mundo é a goma de mascar (chiclete). Quem for flagrado jogando chiclete na rua ou carregando grandes quantidades do produto, pode ser multado em até mil dólares (cerca de R$5,5 mil).
A testagem do mecanismo já gerou preocupação em questão da privacidade, porém, da mesma forma, sua visão generalizada é definida como um exemplo mundial de vigilância, contendo rastreamento, e câmeras de segurança a postes de luz equipados com reconhecimento facial, sendo dotadas por sete câmeras no total. Os robôs são apelidados de “Xavier”, usualmente testados em um conjunto habitacional e shopping center.
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É dotado um sistema de detectação para os ‘comportamentos sociais indesejáveis’, considerado impeditivo fumar em áreas proibidas, estacionar bicicletas incorretamente e violação às regras de distanciamento social.
Em uma patrulha mais recente, um robô se aproximou de um grupo de idosos assistindo uma partida de xadrez, e enfatizou “Por favor, mantenha uma distância de um metro, por favor, mantenha cinco pessoas por grupo”
Robô em vigilância ativa em relação aos pedestres. Imagem: Edgar Sul/Reuters
Liberdades individuais
A perspectiva de “nação inteligente” eficaz quanto à ampliação tecnológica, é abraçada e defendida pelas autoridades de Singapura, e em contrapartida, ativistas não querem abrir mão de sua privacidade, afirmando que as pessoas tem pouco controle em relação a seus dados.
Singapura é atacada por críticas arguemtando sobre a liberdade civil e o costume que seu povo vive, no qual passa por um controle radical em suas ações. A ativista de direitos digitais Lee Yi Ting recorda que esses dispositivos são apenas a forma mais recente de vigilância no país.
“Tudo isso aumenta a sensação de que as pessoas em Singapura devem ser muito mais cuidadosas com o que dizem e fazem do que em outros países” , disse a ativista em entrevista à agência de notícias AFP.
O governo sai em defesa do robôs, acreditando na necessidade de lidar com uma crise de trabalho conforme a população do país envelhece.
“A força de trabalho está realmente diminuindo” disse Ong Ka Hing, da agência governamental dos robôs ‘Xavier’.
A ilha de cerca de 5,5 milhões de habitantes possuem 90 mil câmeras de vigilância, com a tendência de dobrar até 2030, e a tecnologia de reconhecimento facial, servindo de auxílio às autoridades para identificar perfis em locias movimentados, pode ser ampliada ao redor de toda a cidade com o uso de postes de luz.
Foto em destaque: Via BBC