Solo afundado sobre mina da Braskem chega a 2,06 m de profundidade

Editoria Imag Por Editoria Imag
3 min de leitura

Nesta sexta-feira (08), a Defesa Civil de Maceió informou que o solo acima da mina 18, localizada no Mutange e que está sendo monitorada, se encontra há 2,06 m de profundidade. A velocidade do afundamento está a 0,23 cm por hora, sendo 5,7 cm nas últimas 24h. A nota foi emitida às 9h. A recomendação é que a população não se locomova pela área desocupada até uma nova atualização e enquanto forem necessárias ações de controle e monitoramento.

Minas da Braskem

A empresa possui 35 minas de sal-gema na capital de Alagoas. O minério é utilizado na produção de soda cáustica e materiais de PVC. A mina 18 fica localizada sob a lagoa Mundaú, que, em caso de colapso da mina, também será afetada. A mineradora informou que “as áreas de serviço em torno da mina continuam isoladas”. A Defesa Civil reforçou que as outras minas estão fora de risco.

A instabilidade na mina 18 foi detectada em 2018, quando imóveis sofreram rachaduras e foram abertas crateras nas ruas do Mutange e de outros quatro bairros. Desde então, cerca de 14 mil imóveis foram desocupados na capital, e mais de 55 mil pessoas tiveram que deixar suas casas.


Rachaduras em casas e ruas em Maceió

Rachaduras provocadas pela instabilidade do solo em Maceió, 2018 (Foto: reprodução/TV Gazeta/G1)


Impactos na saúde e educação

Na última quinta-feira (7), a Prefeitura de Maceió anunciou a transferência dos pacientes do Hospital Sanatório – que foi evacuado – para o Hospital da Cidade. Nas redes sociais, o prefeito João Henrique Caldas (PL) publicou: “Todos que estavam internados ou fazendo hemodiálise naquela unidade contarão também com o HC para continuar o tratamento”. A direção do Hospital Escola Portugal Ramalho, que trata de pacientes psiquiátricos, também está tentando negociar com a Secretaria de Saúde a evacuação da unidade, localizada no Farol.

No mesmo dia, suspeitou-se de um tremor de terra no Centro Educacional de Pesquisa Aplicada (CEPA), que possui 11 escolas estaduais e é o maior complexo educacional de Alagoas. Sem ordem de evacuação, as aulas foram mantidas até que outra orientação seja dada.

 

Foto Destaque: rachaduras nas proximidades da mina 18 (Reprodução/Defesa Civil de Maceió/G1)

Deixe um comentário

Deixe um comentário Cancelar resposta

Sair da versão mobile