Nesta segunda-feira (16), o governo da Suécia anunciou um pedido formal de adesão à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). O anúncio ocorreu após a vizinha Finlândia formular o seu pedido de entrada à organização, indicando uma mudança na geopolítica do norte da Europa.
“Há uma ampla maioria no parlamento sueco para aderir à Otan”, frisou a primeira-ministra Magdalena Andersson após uma discussão sobre política de segurança no parlamento. “A melhor coisa para a Suécia e a população sueca é aderir à Otan”, completou.
A invasão russa à Ucrânia evidenciou certas fraquezas da Suécia e da Finlândia, embora, nos últimos anos, tenham uma relação estreita com a Otan.
Andersson destacou que, ainda assim, não há ameaças militares contra a Suécia neste momento.
Magdalena Andersson, primeira-ministra da Suécia. (Reprodução/Reuters)
Sediada em Bruxelas, na Bélgica, a Otan é uma aliança militar entre países da América do Norte e Europa, criada no contexto da Guerra Fria.
Tendo os Estados Unidos como principal líder, o tratado foi assinado em 1949 por 12 países fundadores, incluindo Canadá, Reino Unido, França e outras nações europeias. O tratado estabelece que, no caso de ataque a qualquer um dos membros, poderá haver suporte militar dos outros membros.
Atualmente a Otan possui 30 membros, sendo eles: Albânia, Alemanha, Bélgica, Bulgária, Canadá, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estados Unidos, Estônia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Islândia, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Macedônia do Norte, Montenegro, Noruega, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Romênia e Turquia.
Nesse contexto, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta segunda-feira (16), que haverá uma resposta russa caso a Otan reforce as infraestruturas militares da Suécia e da Finlândia.
Em uma conversa com líderes de uma aliança militar composta pela Rússia e outros ex-estados soviéticos, o líder russo considerou que a ampliação da Otan, orquestrada pelos Estados Unidos, está sendo feita de forma “agressiva” e agrava uma questão de segurança planetária que já é complicada.
Foto destaque: A primeira-ministra sueca, Magdalena Andersson. Reprodução/Nini Andersson