Taxa de homicídio multiplica em seis vezes no Equador em poucos anos

Caio Sobral Por Caio Sobral
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Nesta quarta-feira (10), foi apontado através de uma matéria realizada pelo Jornal Nacional (programa noticiário transmitido pela emissora Globo) que a taxa de homicídios no Equador se multiplicou por seis vezes em menos de dez anos. Além deste fato é importante ressaltar que atualmente, o Equador vem enfrentando uma forte onda de violência nos últimos tempos.

Nem sempre foi assim

Pesquisas indicam que em menos de uma década, a taxa de homicídios no Equador se multiplicou em seis vezes, colocando como grande responsável a falta de efetividade por parte das autoridades em combater o narcotráfico. A situação foi se agravando pelo fato de que há alguns anos, narcoguerrilheiros das Farc (que tem sua origem na Colômbia) já usavam portos localizados no Equador para transportar cocaína até os Estados Unidos e para Europa, sendo que em 2016, como consequência de um acordo de paz entre o ex-presidente da Colômbia, Juan Manoel Santos, e as Farc, outras organizações criminosas, no caso carteis mexicanos, também viram oportunidade de usufruir de tais rotas enquatorianas ao se associarem com traficantes locais. Até determinado momento, especificamente no próprio ano de 2016, o Equador era considerado o país mais seguro da América Latina.


Gráfico que exibe o crescimento no número de homicídios no Equador (foto: reprodução/g1.globo)


“Eu diria que é uma guerra mexicana no Equador. Então, os grupos respondem cada um a um cartel, e o que eles estão tentando dominar o território para a saída da cocaína, mas também dominar os mecanismos de lavagem de dinheiro. A economia equatoriana é dolarizada, então é mais fácil lavarem o dinheiro do narcotráfico que vem dos Estados Unidos, lavar no Equador, do que lavar na Colômbia, por exemplo”, pontuou o especialista em estratégia política Amauri Chamorro.

Saltos assustadores

Em comparação ao Brasil, de 2015 a 2019 as taxas de homicídio do Equador eram menos e se mantiveram em níveis rasos. Porém, a partir do ano de 2020, os números começaram a subir exclamando oito homicídios a cada 100 mil pessoas, sendo que a partir deste ponto, a taxa de homicídios passou a dar saltos assustadores ao praticamente ter seu número dobrado ano a ano. Em 2021 o número aumentou de oito para 13, 7 e seguiu para 25 em 2022, até que em 2023 chegou em 46,5 assassinatos por 100 mil habitantes.

Foto destaque: operação realizada por autoridades venezuelanas (Reprodução/Istoe)

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