Em reunião com TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nesta quinta-feira (24), o advogado Alan Thomaz, representante do Telegram no Brasil, enfatizou o compromisso do combate as fake news.
O aplicativo chegou a ser suspenso na última sexta-feira (18) a mando do ministro STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, após ignorar repetidamente as solicitações da justiça brasileira para remoção de conteúdos ligados à disseminação de fake news e vazamento de dados sigilosos de investigações policiais.
“A plataforma Telegram, em todas essas oportunidades, deixou de atender ao comando judicial, em total desprezo à Justiça brasileira”. Disse o ministro.
Ministro do STF, Alexandre de Moraes. (Reprodução/Poder360)
O Telegram, é um dos principais canais utilizados pelo presidente Jair Bolsonaro e apoiadores. Bolsonaro já teve diversos conteúdos bloqueados e submetidos a avisos de desinformação.
Na última quarta-feira (23), depois de três convites oficiais, o TSE recebeu uma sinalização positiva do aplicativo sobre a parceria estabelecida pelo tribunal com plataformas digitais para combater a desinformação nas eleições de outubro. Alexandre de Moraes, propôs nesta quinta-feira (24) uma parceria com plataforma para combater a desinformação durante o pleito deste ano.
Alan se reuniu por videoconferência, com membros da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação, além da secretária-geral da Presidência, Christine Peter da Silva. Também participaram a juíza auxiliar Flávia da Costa Viana, da Assessoria Consultiva, José Gilberto Scandiucci, da Assessoria de Assuntos Internacionais e o juiz auxiliar da Vice-Presidência, Marcos Vargas.
Durante a reunião, foi apresentado o Programa de Enfrentamento à Desinformação, documento de quase 80 páginas, que traça um plano estratégico de ações para as eleições deste ano.
O serviço de mensagens já havia informado no último fim de semana ao ministro do STF, que pretende colaborar com as autoridades brasileiras.
O TSE pontuou a importância da liberdade de expressão e enfatizou o quanto as informações inverídicas prejudicavam as noções desse direito. Já o representante do Telegram, garantiu que a plataforma estaria empenhada no combate a desinformação e que todas as propostas do TSE seriam encaminhadas aos executivos.
Foto destaque: Depois de três convites oficiais, Telegram informa que pretende colaborar com autoridades. Reprodução/JurisBahia.
