Terremoto de 4,5 graus atinge a Ilha de La Palma, na Espanha

Gustavo Sebastião da Silva Correia Por Gustavo Sebastião da Silva Correia
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Na meia-noite (horário local) do dia de hoje (14), 60 tremores foram registrados na ilha de La Palma (Canárias), na Espanha. Um dos tremores foi de 4,5 graus, o maior sentido até agora desde a erupção do Vulcão Cumbre Vieja, registrada há 26 dias.

De acordo com o Instituto Geográfico Nacional espanhol (IGN), a atividade sísmica cresceu nas últimas horas na ilha, depois de ter diminuído rapidamente nessa quarta-feira (13).

Dos 60 terremotos registrados, três foram sentidos pela população, sendo o de maior magnitude ocorrido às 2h27 (horário local) em Mazo, com magnitude de 4,5 na escala Richter, a uma profundidade de 37 quilômetros. Logo após, um outro de 4,1 graus foi sentido na mesma cidade e com a profundidade igual de antes.

O terceiro mais intenso foi sentido em Fuencaliente, com magnitude de 3,6 graus e com profundidade de 10 km.

Autoridades locais determinaram que os moradores de um  bairro no município de Los Llanos de Aridane, na ilha de La Palma fossem retirados por conta do avanço da última corrente de lava gerada por causa da erupção do Cumbre Vieja.


A erupção do Vulcão Cumbre Vieja tem deixado rastros de destruição em La Palma, na Espanha. (Foto destaque: Reprodução/Exame.com)


De acordo com uma fonte do governo regional das Canárias citada pela agência espanhola Efe, há uma estimativa de que essa nova retirada possa atingir cerca de 15 pessoas que vivem na área.

Após cerca de 800 moradores do bairro de La Laguna terem sido orientados a abandonar suas casas na terça-feira (12) na parte da tarde, esta foi a segunda evacuação feita em apenas 24 horas por conta do avanço de um novo deslizamento de terra que se formou nos últimos dias. 

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De acordo com a porta-voz do comitê científico do Plano de Emergência Vulcânica das Ilhas Canárias (Pevolca), cientistas que monitoram os indicadores no vulcão de La Palma, principalmente as emissões de dióxido de enxofre, sugerem que o fim da erupção não vai ocorrer a curto ou médio prazo.

A lava ocupa 656 hectares e já afetou 1.541 construções, dentre essas 1.458 foram destruídas, é o que apontam as medições do sistema de satélite europeu Copernicus. 

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera  informou que até amanhã (15), há uma previsão de que uma nuvem de dióxido de enxofre, emitida pela erupção do vulcão e que atingiu a Península Ibérica, deva entrar na atmosfera.

Conforme as previsões do Serviço de Monitoramento Atmosférico do programa de observação por satélite europeu Copernicus, quando entrar na atmosfera, o dióxido de enxofre estará acima dos 3 mil metros de altitude, “não afetando por isso as concentrações desse gás na superfície”.

 

Foto destaque: Reprodução/estudopratico.com.br

 

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