Um terremoto de magnitude 7.8 atingiu grande parte da Turquia e a região noroeste da Síria nesta segunda-feira (6). Além do primeiro temor, a região segue sofrendo réplicas de tremores. Até o momento, mais de 1,6 mil pessoas morreram e milhares estão desaparecidas.
De acordo com o governo turco, já faz 84 anos que a região não vivenciava um tremor de tamanha intensidade. O fenômeno causou destruição em outros países, como Líbano, Israel, Iraque e Chipre. Há poucas horas, um outro tremor intenso atingiu a Turquia e cerca de 3 mil edifícios sofreram desabamento, afirmou o Governo.
Mais cedo, o governo turco também informou que mais de 45 países anunciaram ajuda humanitária, a fim de sanar os efeitos causados pelo terremoto.
O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou solidariedade às vítimas da catástrofe. Nas redes sociais, Lula disse: “Olhamos com preocupação para as notícias vindas da Turquia e Síria, após terremoto de grande magnitude. O Brasil manifesta sua solidariedade com os povos dos dois países, com as famílias das vítimas e todos que perderam suas casas nessa tragédia”.
Parte do desastre que atingiu Diyarbakir, na Turquia. (Foto: ILYAS AKENGIN/AFP)
Alguns especialistas explicaram os principais fatores que influenciaram os tremores e o porquê de a catástrofe ter atingido essas regiões de forma tão intensa. O fato de que a Turquia, especialmente Gaziantep, ter sido o epicentro dos terremotos se explica devido à proximidade com as placas tectônicas.
A Turquia está situada em uma área onde três placas tectônicas (Eurásia ao norte, África-Arábia ao sul e Placa da Anatólia) se encontram e fazem atrito. A proximidade de Gaziantep com a Síria foi um fator determinante para que o fenômeno se alastrasse para outras regiões, evidenciando estragos inclusive no noroeste da Síria.
Civis ajudam no resgate de pessoas soterradas após desabamento de edifícios. (Foto: Reprodução/IHA/AP/Estadão)
Atualmente em Istambul, o ex-jogador do Flamengo William Aragão, definiu o acontecimento como algo “devastador”, uma “tragédia sem precedentes”. O jogador do Fenerbahçe, time turco, disse que ainda há muitos integrantes da equipe técnica desaparecidos e com famílias soterradas. O inverno rigoroso dificulta a busca pelos desaparecidos, mas mesmo assim o sentimento de patriotismo e solidariedade fala mais alto na população turca. “O clima é de luto”, concluiu.
Foto Destaque: Terremoto atinge Turquia e Síria. Reprodução/AP/Estadão.