Terrorista bolsonarista é mantido preso por ordem da Justiça do DF

Davi Barcelos Por Davi Barcelos
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O empresário, George Washington de Oliveira Souza, de 54 anos ficará preso por tempo indeterminado após prisão em flagrante feita pela Polícia Civil do Distrito Federal. O empresário passou pela audiência de custódia neste domingo (25). Ele foi detido no sábado (24) depois de montar um artefato explosivo em um caminhão próximo ao aeroporto JK, o aeroporto de Brasília. 

George é morador do Pará e estava em Brasília desde do final do segundo turno das eleições. Segundo as investigações da polícia, ele é apoiador de Jair Bolsonaro (PL) e estava participando do acampamento de atos anti-democráticos no quatel-general do Exército em Brasília. 

O artefato explosivo foi localizado nos arredores do aeroporto de Brasília na tarde deste sábado (24) e a equipe de investigação precisou interditar as avenidas e proibir a passagem de carros e pessoas nos entornos do aeroporto. 


Bolsonarista é preso após colocar bomba no centro de Brasília (Foto: Reprodução/g1)


Com a decisão da Justiça, ele ficará preso por tempo indeterminado. Ele foi autuado por posse e porte ilegal de armas de fogo, munição e artefatos explosivos, e por crime contra o Estado Democrático de Direito. A juíza Acácia Regina Soares de Sá citou o arsenal encontrado no apartamento alugado, onde o suspeito estava. Além disso, ela afirmou que: “os fatos caracterizam a situação de acentuado risco à incolumidade pública, suficientes para justificar a segregação cautelar como medida necessária e adequada para contenção de seu ímpeto delitivo, o qual colocou em risco toda a sociedade”.

O Ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Anderson Torres, se pronunciou neste domingo (25) e pediu ajuda da Polícia Federal nas investigações quanto ao artefato explosivo, até o momento as investigações estavam sendo feitas apenas pela Polícia do DF. Torres disse em post no Twitter que a PF pode “adotar as medidas necessárias” e tirar as próprias conclusões. 

No domingo (25) mais cedo, o futuro Ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), que vai assumir o cargo a partir de 1 de janeiro, afirmou que vai propor à a PGR (Procuradoria Geral da República) e ao CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) que criem grupos especiais para combater o terrorismo e o armamentismo irresponsável no país. 

 

Foto destaque: Polícia Civil desativando item explosivo em Brasília. Reprodução/correiobraziliense

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