Tragédia Yanomami alcança 42 mortes em meio à emergência de saúde

Raphael Klopper Por Raphael Klopper
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Segundo dados disponibilizados nesta Quinta (02/03), o Território Yanomami registrou novas 42 mortes indígenas em meio à tragédia vinda da total emergência de saúde pública. Dentre as principais causas dos recentes óbitos provém dos efeitos severos da desnutrição, diarréia e pneumonia. Todas as mortes registradas e contabilizadas pelo Ministério da Saúde foram deste ano. No momento o Ministério investiga ainda outros seis óbitos que devem elevar o número do levantamento.

Desde o avanço massivo do garimpo ilegal, as terras Yanomami enfrentam essa crise de total desacato humanitário. Em meio ao confronto dessa desassistência sanitária massiva dos indígenas, foi declarada uma emergência de saúde pública onde, desde sua ação, os indígenas doentes vieram a ter acesso a atendimentos emergenciais.

O governo federal pretende ainda o envio de 14 médicos para reforçar esse atendimento provido aos indígenas que vem sido realizados nas comunidades nativas que foram desassistidas durante a gestão passada. Esse número de médicos é apenas inicial com intenção de mais envio de profissionais, mas a previsão é que os atuais 14 médicos já comecem a atuar na região ainda este mês.


Crianças Yanomami em estado de desnutrição (Foto: Reprodução / G1)


Além das atuais ações emergenciais de saúde, o governo federal planeja novas medidas para atuar contra os garimpos ilegais no território, com operações militares apoiados pelas forças polícia federal contra garimeprios invasores sendo executados na região desde que o reconhecimento da crise sanitária fora feito. As operações vem atuando na destruição de acampamentos de garimpo e apreensão de maquinários, minérios e toda logística de garimpos.

Enquanto isso, Nísia Trindade, atual ministra da Saúde, se encontra em Roraima junto a uma comitiva que vem acompanhando o combate à crise Yanomami. A ministra visitou as unidades que vem recebendo indígenas doentes com malária e desnutrição, como a Casa de Saúde Yanomami (Casai) e o Hospital da Crianças.

Ainda nesta Quinta-feira (02/03), a ministra também esteve em Surucucu, região onde opera uma unidade de Saúde referência no atendimento aos indígenas Yanomami resgatados nas comunidades onde vivem. Depois dessas visitas, criou-se a expectativa de que Nísia venha a anunciar novas ações médicas, e criminais, frente ao cenário ainda tão agravante.

 

Foto Destaque: Criança Yanomami desnutrida (Reprodução/G1)

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