A Ministra Maria Cláudia Bucchianeri, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou que as postagens feitas sobre o o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas redes sociais fossem removidas. Na postagem constaria que o então candidato Lula ganharia as eleições “com a ajuda do pai xangô” e, que aparentemente o candidato iria acabar com o Cristianismo. A publicação acabou se espalhando rápido e foi publicada em perfis no Facebook, Tiktok e Twitter. A ministra informou que caso a publicação não seja removida em 24 horas, haverá uma multa de R$ 50 mil e em cada reiteração de postagem com o conteúdo idêntico, uma multa de R$ 10 mil.
Montagem informando fake news (Foto:Reprodução/Twitter)
A defesa do candidato informou que Lula nunca fez essas afirmações, e diversas agências de checagem confirmaram que o tweet atribuído a Lula jamais existiu. O ex-presidente também tem declarado seu apoio a todas as formas de expressões religiosas. Segundo a ministra, o caso é grave de veiculação de informações falsas, montagem fraudulenta da suposta postagem que nunca foi feita pelo candidato. “Não há a menor dúvida de que a desinformação e a desconstrução de figuras políticas a partir de fatos sabidamente inverídicos ou substancialmente manipulados devem ser rapidamente reprimidas pela Justiça Eleitoral, por configurarem, como dito, verdadeira falha no livre mercado de circulação das ideias políticas, que pode desembocar na indução do eleitor a erro, com comprometimento da própria liberdade de formação da escolha cidadã”, informou a Ministra. E continou dizendo “a desinformação se limita à difusão de mentiras propriamente ditas, compreendendo, por igual, o compartilhamento de conteúdos com elementos verdadeiros, porém gravemente descontextualizados, editados ou manipulados, com o especial intento de desvirtuamento da mensagem difundida, com a indução dos seus destinatários a erro”.
A fake news teria sido divulgada supostamente por apoiadores do candidato a presidência Jair Bolsonaro (PL) que tem usado em sua campanha a religião como pauta.
Foto Destaque: Candidato a presidência Lula. Reprodução/REUTERS/Amanda Perob