Nesta terça-feira (27) ,o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) retoma o julgamento que pode deixar o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível pelos próximos 8 anos.
Bolsonaro será julgado por abuso de poder na campanha eleitoral de 2022 .Durante a campanha, em julho de 2022, o ex-presidente e o seu candidato a vice-presidente, Walter Braga Netto, fizeram abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, fazendo duras críticas ao sistema eleitoral e a democracia brasileira durante uma reunião com 40 embaixadores de outros países.
Para isso usaram a estrutura pública – o Palácio da Alvorada e a TV Brasil, além de redes sociais, repetindo teses sem fundamento sobre o tema.
O ex-presidente Bolsonaro e Braga Netto. Foto: Wallace Martins/Futura Press
De acordo a tese do ex-presidente, ele afirma que o sistema eleitoral brasileiro é passível de fraudes, mesmo sem nunca conseguir provas. Bolsonaro também será julgado por acusações contra ministros do TSE e STF (Supremo Tribunal Federal).
“O que nós não podemos acatar, passivamente no Brasil, é que possíveis críticas ou sugestões de desenvolvimento do sistema eleitoral seja tido como ataque à democracia”, disse Bolsonaro.
Na última quinta-feira (22) o julgamento foi suspenso por determinação do ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE. A sessão será retomada hoje, às 19h, e inicia com o voto do relator , ministro Benedito Gonçalves, com uma leitura que contém mais de 300 páginas.
Caso seja apresentado um pedido de vista para ánalise do processo, o julgamento pode atrasar até 60 dias, tendo como previsão de término no final de agosto.
Na sequência, votam os ministros Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, Carmem Lúcia (vice-presidente do TSE), Nunes Marques e Alexandre de Moraes.
Segundo o comentarista Valdo Cruz, a estratégia da equipe de Bolsonaro é contar com uma mobilização de apoiadores nas redes sociais para criticar a decisão do TSE, deixando-o em papel de vítima.
Caso seja condenado, Bolsonaro ficará fora do jogo eleitoral até 2030.
Foto destaque: Jair Bolsonaro. Reprodução/Instagram
