O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, disse em um evento de simulação do projeto-piloto das urnas eletrônicas com biometria que serão usadas neste ano que o tribunal vai “verificar se vale a pena instituir, ampliar para todas as sessões ou se há necessidade e se pode-se manter o teste de integridade como ele já existe.”
O teste não é obrigatório e sim um ato de voluntariado, e é apenas um teste que ainda está sendo avaliado. Diante de questionamentos das Forças Armadas sobre a integridade do processo eleitoral, o ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira, sugeriu ao presidente da Corte, Alexandre de Moraes, a adoção do projeto-piloto.
Simulação do projeto-piloto nesta quinta-feira. Foto: (Reprodução/TSE)
De acordo com Moraes, o teste do projeto-piloto será feito em 18 estados e no Distrito Federal com um total de 56 urnas. As restantes haverá o teste de integridade normal.
Para acompanhar a simulação feita em um evento nesta quinta-feira (15), não havia militares para acompanhar, apenas jornalistas e servidores da Justiça Eleitoral. O projeto-piloto é inédito, e ocorreu com a participação de eleitores voluntários.
O presidente do TSE deixou claro que o teste é realizado desde 2002, ou seja, há 20 anos, e o procedimento é o mesmo, a urna é sorteada e levada aos TREs. “O teste serve para verificar que o programa da urna garante que o voto do eleitor é o voto computado”.
Alexandre de Moraes no evento de simulação do projeto-piloto desta quinta-feira. Foto: (Reprodução/TSE)
No dia das eleições, também vai ser feito o procedimento com eleitores voluntários que após votarem serão convidados a participar da iniciativa em um local vizinho ao da votação.
O Teste de Integridade é uma votação pública, aberta e auditada, feita em uma urna já pronta para a eleição. O processo é todo filmado, os votos em papel são digitados na urna, contados e o resultado comparado à totalização da urna.
Até o momento, eleitores reais não participam do Teste de Integridade. E a novidade do projeto-piloto é que será solicitada apenas a biometria dos voluntários, sendo importante ressaltar que estes não votarão uma segunda vez, e não serão obrigados a participar da testagem. A iniciativa com biometria não muda o calendário eleitoral.
O objetivo do Teste de Integridade é verificar se o voto depositado é o mesmo que será contabilizado pelo equipamento, sendo um dos eventos mais importantes para atestar o grau de confiança nas urnas eletrônicas, que acontece no TREs no mesmo dia do pleito e é acompanhado por empresa de auditoria externa.
Uma votação normal é simulada e levado em consideração as circunstâncias que podem acorrer durante a eleição. Ela segue o mesmo rito de uma seção eleitoral comum, como a emissão da zerésima (documento que comprova não haver nenhum voto na urna antes da votação) e impressão do Boletim de Urna (BU), relatório impresso que contém a apuração dos votos armazenados no equipamento.
Foto destaque. Simulação do projeto-piloto com biometria. Foto: Reprodução/TSE.