Turquia e Rússia barganham espaço aéreo sírio para ação contra milícia curda

2 min de leitura

A Turquia está em intermediações com a Rússia para usar o espaço aéreo ao norte da Síria para uma operação entre fronteiras contra a milícia síria curda YPG, segundo o ministro da Defesa turco, Hulusi Akar, no último sábado (24).

A agência Reuters afirma que a Turquia colocou em prática várias incursões no norte da Síria contra o YPG e há meses adverte uma nova investida. O país reforçou os preparativos no mês passado depois de um ataque a bomba em Istambul que atribuiu a militantes curdos.

O grupo militante Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e as Forças Democráticas Sírias (SDF), associadas aos EUA, lideradas pelo YPG, negaram ligação na explosão que aconteceu em uma agitada avenida.

A Turquia lançou mísseis contra alvos do YPG no mês passado e o presidente Tayyip Erdogan apontou uma possível ofensiva terrestre.

Em entrevistas a jornalistas no último sábado, Akar disse que Ancara está conversando com Moscou, que apoia as forças do presidente sírio, Bashar al-Assad, a respeito da operação.


Local onde vivem os Curdos. Reprodução/BBC


“Estamos conversando e discutindo com a Rússia sobre todas asquestões, incluindo a abertura do espaço aéreo”, contou ele.

A Turquia enxerga a milícia YPG, a principal presença no SDF, como a ala síria do PKK, considerada por Turquia, Estados Unidos e União Europeia como uma organização terrorista.

O apoio de Washington ao YPG no conflito contra o Estado Islâmico não agradou a Ancara, o que causou uma grande divisão entre os aliados da Otan.

Curdos: quem são?

Os curdos configuram uma população que se estima ter entre 25 e 35 milhões de cidadãos. Vivendo em uma região de montanhas que ocupa os territórios de cinco países: Turquia, Iraque, Síria, Irão e Arménia, e constituem o quarto maior grupo étnico do Médio Oriente, porém nunca conseguiram um país próprio.

Foto destaque: Presidentes turco, Recep Tayyip Erdogan, e russo, Vladimir Putin. Reprodução/Vyacheslav Prokofyev/POOL/AFP

Deixe um comentário

Deixe um comentário Cancelar resposta

Sair da versão mobile