Vacina temos, falta adesão: estados brasileiros estão rejeitando doses Pfizer por causa de baixa aplicação.

Mateus da Assunção Por Mateus da Assunção
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Não é necessário muito esforço para apontar algumas das questões mais polêmicas no tocante à COVID-19: a aplicação de vacinas facilmente fica como a questão mais controversa até o momento, e os brasileiros, em grande parte, parecem ter se dividido quanto a apoiar ou não a medida. O fato é que há uma contagem preocupante de pessoas que decidiram não receber a aplicação de nenhuma das doses, à revelia das recomendações de especialistas.

O Ministério da Saúde está recebendo pedidos de suspensão das compras e envio de doses Pfizer, até agora, temporariamente. Eles vêm de doze estados e o Distrito Federal, que têm enfrentado com dificuldade a resistência de certos habitantes ao modo de prevenção que vem sendo utilizado na maior parte dos países da Europa e América do Norte. Alguns, estranhamente, ainda não se deram conta da necessidade de segunda dose ou reforço.


        Rejeição sumária atrapalha avanço da campanha pela vacinação. Reprodução/Prefeitura de São Gonçalo

O que vem aborrecendo, no entanto, os profissionais da área é o “congelamento” das substâncias nas prateleiras de secretarias da saúde, visto que o prazo de validade para a marca é curtíssimo (até 30 dias) e as condições de armazenamento devem cumprir criteriosas obrigações. A tensão aumenta na esteira da variante Ômicron, que ainda é desconhecida quanto a seus efeitos e já cria vítimas nos Estados Unidos.

Segundo o estado da Paraíba, com aproximadamente 400 mil pessoas ainda atrasadas na segunda dose e 300 mil quanto à de reforço, a maior apreensão é com o movimento das festas de fim de ano, que podem vir a ajudar na difusão do vírus. Respondendo às dúvidas acerca do problema, Daniel Beltrammi, secretário-executivo da saúde no estado, em entrevista ao G1, comenta:

“Ampliar os horários de vacinação, levar vacina para perto das pessoas. Para que a gente tenha um crescimento de cobertura, e esse não é um desafio só da Paraíba”

Já a epidemiologista Carla Domingues, em resposta à mesma plataforma, adicionou:

“Não é usual. O planejamento do Ministério da Saúde precisa se dar em cima da população alvo a ser vacinada. Se os estados não estão pedindo doses é porque está sobrando vacinas e as pessoas não estão procurando os serviços no momento oportuno”


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Dos pedidos, três são da Região Norte, cinco do Nordeste, dois do Sudeste, um do Sul e dois do Centro-Oeste.

 

Foto destaque: Doses da Pfizer, vacina contra COVID-19. Reprodução/Dado Ruvic/Reuters. 

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