Em uma coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (16) o ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou o programa “Pé-de-meia”, parte das iniciativas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além da bolsa-auxílio concedida a estudantes de escolas públicas durante os três anos do ensino médio, o programa prevê um incentivo financeiro para que os jovens realizem o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no último ano do currículo básico.
Enem (Foto: reprodução/Poder360)
Como será realizado
O programa “Pé-de-meia” visa estimular a participação de candidatos do Enem que estão no último ano do ensino médio, direcionando-os ao ensino superior logo após a conclusão do período escolar. O auxílio financeiro será concedido aos estudantes nos três anos do ensino médio, culminando em um valor específico para custear a participação no Enem no último ano.
“Eu posso adiantar aqui que, nesta lei, haverá um incentivo também ao jovem que fizer o Enem”, afirmou o ministro, durante a apresentação dos resultados do Enem 2023 e de propostas para ampliar as inscrições no Enem 2024.
Aumento da participação no Enem
Em 2023, o Enem registrou mais de 3,9 milhões de inscrições, consolidando-se como o maior vestibular para instituições de ensino superior no Brasil, além de servir como porta de entrada para mais de 50 universidades em Portugal e outros países. No entanto, cerca de 1,2 milhão de candidatos inscritos não realizaram as provas, resultando em uma taxa de participação de 70%, dois pontos percentuais acima do registrado em 2022.
O aumento na participação de estudantes concluintes do ensino médio foi destacado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), passando de 38% em 2022 para 46% em 2023. O “Pé-de-meia” visa fortalecer essa tendência, incentivando a participação ativa dos jovens no Enem e, consequentemente, facilitando o acesso ao ensino superior.
Foto destaque: Enem (Reprodução/Diário de Pernambuco)