Nesta sexta-feira (23), durante uma declaração para a televisão estatal, uma alta funcionária da defesa ucraniana disse que “o ataque principal” da Ucrânia em sua posição defensiva ainda esta por vir e, ainda, que alguns dos militares seguem na retaguarda.
“Ainda temos grandes eventos pela frente e o ataque principal ainda esta por vir”, afirmou a vice-ministra da Defesa ucraniana, Hanna Maliar. “De fato, algumas tropas serão implantadas posteriormente”.
“Todos os dias avançamos. Diariamente. Sim, é gradual, mas nossas tropas estão se firmando nessas linhas e avançam com confiança”, disse a vice-ministra.
No entanto, enquanto a Ucrânia está trabalhando em sua defesa, a Rússia segue treinando e fortalecendo suas forças que estão ao longo do front, enviando as unidades de assalto que estão sendo aerotransportadas para o leste e o sul e, de acordo com Maliar, as tropas russas (que, recentemente foram colocadas mais para o leste) ainda não tiveram sucesso durante as “tentativas de romper” as barreiras ucranianas.
Cidades destruidas devido ataques. Foto: Reprodução/BBC.
Maliar, que exerce o cargo de vice-ministra da Defesa da Ucrânia desde 2021, ainda afirma que: “Enquanto nossas forças de defesa estão realizando ações ofensivas no sul, o inimigo se fortaleceu no leste e eles moveram reservas para lá. Eles têm empurrado as reservas e tentaram romper nossa defesa lá”.
“Na última semana e meia, tivemos combates muito ferozes nas áreas de Kupyansk e Lyman, mas nossas forças armadas detiveram o inimigo”. Ela ainda acrescenta que essa abordagem de grande escala mais grosseira da Rússia levou a perdas inimigas enormes e agora cessou.
As autoridades da Ucrânia ressaltaram nesta semana que seu avanço defensivo levará tempo, e o primeiro-ministro segue pedindo paciência, além do presidente Volodymyr Zelensky estar alertando seus aliados para que não vejam o país através das lentes de um “filme de Hollywood”.
Maliar também pontuou que as ações ucranianas mais ofensivas estão “correndo conforme o planejado”, e ainda complementou dizendo que: “é prematuro fazer avaliações agora”.
“Não devemos esperar que a ofensiva seja algo muito rápido, que começamos às 13h, terminamos às 2h e liberamos alguma(s) região(ões) enquanto todo o povo almoçava. Não vai funcionar assim”, adicionou a vice-ministra.
Ela ainda afirmou que a Rússia minou a frente sul, o que pode ter diminuído seu ritmo.
Foto destaque: Militares durante a guerra. Foto: Reprodução/Viacheslav Ratynskyi.