Vítimas alertam para ciladas envolvendo atividades online

Luiza Nascimento Por Luiza Nascimento
3 min de leitura

No cenário cada vez mais digital, o “golpe da renda extra” tem se destacado como uma armadilha que atrai vítimas ao oferecer pagamentos por pequenas tarefas online, deixando prejuízos consideráveis em seu rastro. A prática criminosa tem sido disseminada por meio de aplicativos de mensagens, onde os golpistas prometem remuneração atrativa para a realização de atividades simples pelo celular.

Como Funciona o Golpe 


Golpe da renda extra. (Foto: Reprodução/G1)


Os criminosos, muitas vezes utilizando números estrangeiros, abordam potenciais vítimas com propostas tentadoras, como avaliar restaurantes ou realizar tarefas cotidianas, prometendo ganhos que variam entre R$ 1.200 e R$ 2.500 por dia. O atrativo é forte, e as vítimas, muitas vezes em busca de uma renda extra, acabam aceitando a oferta.

Marcos Carvalho, um auxiliar de escritório em Natal (RN), foi uma dessas vítimas. Inicialmente, ele recebeu pequenas quantias por realizar avaliações, mas a situação mudou quando os golpistas passaram a exigir depósitos para liberar mais tarefas. Marcos acabou bloqueado após sofrer um prejuízo de R$ 1.728.

A professora de alemão Annabelle Leblanc, de Campo Grande (MS), também caiu na armadilha ao aceitar tarefas pelo celular. Ao notar a mudança na forma de pagamento, com a solicitação de investimento em bitcoins, ela percebeu o golpe. Heidi Florêncio Neves, doutora em direito penal pela USP, destaca que o “golpe da renda extra” é crime de estelionato, cuja pena pode chegar a 5 anos de prisão.

A Importância do Registro e da Prevenção

Heidi Florêncio Neves destaca a importância de registrar boletins de ocorrência em casos de estelionato, embora seja difícil recuperar o dinheiro perdido. Atualmente, um projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados propõe aumentar a pena para “estelionato digital,” reconhecendo os riscos crescentes nas plataformas digitais.

Ações preventivas, como a denúncia rápida ao banco por meio do Mecanismo Especial de Devolução (MED), são cruciais para bloquear transferências fraudulentas. O projeto de lei, caso aprovado, pode fortalecer a punição para fraudes eletrônicas, visando coibir práticas lesivas e proteger potenciais vítimas.

O alerta permanece: ao aceitar propostas de renda extra online, é fundamental exercer cautela e investigar a legitimidade das ofertas para evitar cair nas armadilhas do cibercrime.

 

 

Foto destaque: Golpe da renda Extra. (Reprodução/O Tempo)

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