Vozes de mães e esposas de soldados russos na guerra preocupa Kremlin

Amanda Maia Por Amanda Maia
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Nesta sexta-feira, 25, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, se reuniu com mães de soldados russos para conversar acerca das condições das tropas enviadas para lutar pelo país na Guerra com a Ucrânia. O encontro é uma estratégia frente à crescente pressão que mães e esposas desses soldados estão fazendo contra o envio de mais homens.

Essa insatisfação ganhou proporções preocupantes para o Kremlin após a convocação de 300 mil reservistas em setembro desse ano. Na época, Putin garantiu que os soldados receberiam o devido treinamento, equipamentos apropriados e que não iriam para a linha de frente. Entretanto, o que se viu foi totalmente o oposto: dos que foram recrutados, poucos receberam treinamento militar, pais de família e idosos morreram na linha de frente nas batalhas e há uma falta de equipamentos adequados.

No encontro com as mães, Putin declarou que compartilha a dor, “sabemos que nada pode substituir a perda de um filho”. “A vida é mais complexa do que vemos na televisão ou na internet (…), há muitas mentiras”, disse o líder russo.


Soldados russos enfrentam difíceis condições na guerra contra a Ucrânia. (Foto: Reprodução/ RWCast)


Nove meses de conflito

A Guerra entre a Rússia e a Ucrânia começou em fevereiro deste ano e permanece sem um acordo entre os dois países, mas prejudicando as populações em ambos os lados.

No território ucraniano, ataques às estações de energia deixam a população sem luz em pleno inverno que, segundo o presidente Volodymyr Zelensky, já pode ser considerado o pior no país desde a Segunda Guerra Mundial.

A Rússia de Putin, por outro lado, está enfrentando uma grande crise econômica frente às inúmeras sanções aplicadas pelo Ocidente contra a conduta do país. Com isso, apesar de as prateleiras dos mercados continuarem abastecidas, tem-se uma escassez de produtos ocidentais o que eleva ainda mais os preços.

 

Foto destaque: O presidente russo se encontrou com mães de soldados durante a guerra contra a Ucrânia. Reprodução: REUTERS.

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