Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, alegou no último domingo (27) que as coligações que auxiliam o país na guerra contra a invasão da Rússia não ofereceriam apoio caso o país atacasse a superfície russa. Ao ser perguntado se era o momento de avançar contra o território russo, Zelensky afirmou: “Acredito que este é um grande risco. Com certeza seríamos deixados sozinhos”.
O presidente da Ucrânia disse que os esforços em tentar a recuperação de seu próprio território conta com a importante ajuda de seus aliados. Zelensky ainda acrescentou que o avanço e responsabilidade de seu país em campo não são unilaterais, sendo os aliados internacionais parte das vitórias, derrotas, atrasos e fraquezas.
Ucrânia não assume autoria de ataques
A entrevista à imprensa nacional ocorreu após um grande aumento de ataques realizados contra o território russo nos últimos meses. Autoridades do país alegam que os bombardeios são de responsabilidade da Ucrânia, e que estes estão ferindo e matando civis. Zelensky nega as acusações, afirmando apenas que a guerra está “retornando à Rússia“.
Em contrapartida, a Ucrânia declarou ser responsável pelos ataques marítimos feitos por drones na Crimeia, território que, em 2014, foi ocupado e incorporado à Rússia, ação considerada ilegal pela Ucrânia e diversas organizações internacionais.
Ataques de mísseis na ponta da Crimeia. (Foto: reprodução/Telegram/sotaproject)
Guerra Rússia x Ucrânia
A guerra entre Rússia e Ucrânia teve início em 24 de fevereiro de 2022, porém cada lado do confronto tem respostas diferentes quando a pergunta é o motivo do começo da invasão.
Vladimir Putin, presidente da Rússia, alega querer impedir “um cerco à sua fronteira“, pois havia uma chance da Ucrânia aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), aliança de 30 países liderada pelos Estados Unidos.
A Ucrânia, por outro lado, enxerga na guerra a investida russa de conseguir o controle da extinta União Soviética, ação vista pelo país como um desrespeito ao poderio ucraniano, que deveria ter autonomia para decidir seus próximos passos e tratados.
Foto destaque: Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. Reprodução/Instagram/@zelenskyy.stan