Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, relevou nesta sexta-feira (08) que Vladimir Putin, presidente da Rússia, foi o responsável pela morte do chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgueni Prigozhin, que morreu em 23 de agosto durante um avião em que ele estava dentro, cair no norte de Moscou, em agosto. A declaração do presidente foi dada durante uma entrevista para os jornalistas em Kiev.
“Ele matou Prigozhin, todos nós temos essa informação e não é de qualquer outro tipo, o que também mostra sua racionalidade e o fato de como ele é fraco”, confirmou o presidente da Ucrânia em uma conferência em Kiev.
Prigozhin, que era chefe do Grupo Wagner, foi um grande amigo de Putin durante anos, mas, em meados deste ano, os mercenários fizeram uma rebelião contra os líderes as forças armadas russas.
Volodymyr Zelensky em conferência (Foto: divulgação/Sergey Dolzhenko/EFE)
Grupo Wagner
Criado em 2014, os integrantes do grupo Wagner eram compostos por ex-soldados de elite chefiados por Yevgeny Prigozhin, ligado ao Kremlin, que possivelmente está entre os mortos no acidente do avião.
Em fevereiro de 2022, durante a invasão da Rússia na Ucrânia, o governo Putin utilizou os mercenários no conflito.
O Grupo Wagner já esteve presente na África para garantir a segurança de mineradoras russas. Sabe-se também que o grupo se fez presente durante os combatentes na Síria.
Rebelião
Durante o período de junho, uma rebelião no Grupo Wagner deixou o mundo em tensão e amedrontado com uma possível guerra na Rússia. A revolta dos mercenários ocorreu após reclamações de Prigozhin por falta de reforços nos equipamentos pelo Ministério da Defesa ao grupo.
Prigozhin acusou o governo russo de promover um ataque contra a organização. Após a revolta, a Rússia informou que o Grupo Wagner foi dissolvido, mas há informações de que mercenários seguem sendo levados e que o grupo segue atuando na Síria.
Foto destaque: Volodymyr Zelensky durante entrevista.Divulgação/Handout/UKRAINIAN