Civis relatam torturas e interrogatórios no terceiro dia de operação de Israel em Al-Shifa

Sabrina Oliveira Por Sabrina Oliveira
3 min de leitura
Foto destaque: imagem aérea do Hospital Al-Shifa na Faixa de Gaza (reprodução/BASHAR TALEB/Getty Images Embed)

Nessa quarta-feira (20), a operação de Israel contra o Hospital Al-Shifa completou seu terceiro dia. A ação, que iniciou na segunda-feira (18), é carregada de preocupação por diversas partes. Segundo o porta-voz da Defesa Civil de Gaza, os civis abrigados no local estão ficando sem água e necessidades básicas. 

Mahmoud Basal, em conversa com a CNN, revelou que as pessoas estão sofrendo com interrogatórios, torturas e assassinatos. Afirma, também, que soldados israelenses estão obrigando pessoas feridas a sair do hospital, mesmo quando elas não conseguem andar.


Palestinos feridos no Hospital Al-Shifa (Foto: reprodução/AFP/ Getty Images Embed)


Com essa situação, os feridos precisam se refugiar no Hospital Batista Al-Ahli, que fica a cerca de três quilômetros de distância, um caminho perigoso e difícil na atual condição de muitos. 

Basal continuou o relato, comentando que as pessoas não conseguem conversar com jornalistas por medo, pois o profissional Mahmoud Aliwa que estava no lugar foi preso pelas tropas de Israel.

Visões diferentes

Com base em informações de que o hospital estaria sendo utilizado por homens armados e como esconderijos de armas, o ataque foi anunciado por Israel, pedindo para que todos abandonassem o local. 

O exército também afirmou que foram presos mais de 200 terroristas suspeitos e 20 atiradores estão mortos, e que o Hamas usava o hospital como tentativa de fazer um lugar de refúgio dos extremistas. 

O escritório de imprensa do governo do Hamas negou a informação. Eles alegam que todos os mortos são pacientes feridos e pessoas deslocadas no hospital.


Civis fugindo da área do Al-Shifa (Foto: reprodução/AFP/Getty Images Embed)


Pronunciamento da OMS

Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), condenou o ataque. Em seu pronunciamento, ele disse que hospitais não devem ser campos de batalha e que profissionais da saúde, civis e pacientes estão correndo sérios riscos de vida. 

O centro médico também foi alvo de um incêndio que ocasionou em casos de sufocamento entre mulheres e crianças. Estima-se que o conflito, iniciado em outubro de 2023, já tenha passado de mais de 25.000 mortos. 

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