Conflito segue em Gaza após Israel afirmar que Hamas não estava mais na área

Diego Barcellos Por Diego Barcellos
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Foto: Emad Et Byed/Unsplash

Houve fortes ataques na cidade de Gaza pelo quarto dia seguido. Milhares de palestinos saíram do bairro de Shujaiya, que foi mais impactado após as declarações de Israel sobre o Hamas. As negociações intermitentes por um cessar-fogo em Gaza e um acordo de libertação de reféns não avançaram muito até o momento. No sábado, o Hamas afirmou que não havia “novidades” no plano apresentado pelos mediadores americanos.

Nas últimas 24 horas, as forças terrestres e aéreas israelenses realizaram alguns ataques contra complexos usados por militantes, resultando na eliminação de vários terroristas. Além disso, confrontos foram registrados na região central de Gaza e na área sul de Rafah. Essa ação ocorre na semana seguinte após o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmar que a fase mais devastadora do conflito estava se encerrando.


Imagens da cidade destruída pelo confronto (Photo by -/AFP via Getty Images)


A Organização das Nações Unidas (ONU) calcula que entre 60 e 80 mil pessoas foram evacuadas do local dos bombardeios. Para aqueles que ficam, a vida se torna um verdadeiro inferno na Terra. Os moradores afirmaram que estavam presos, pois é inviável sair do local sob ataque.

“Não sabemos para onde ir”, relatou Siham al-Shawa.

O primeiro ministro fez a seguinte declaração: “forças israelenses estão operando em Rafah, Shujaiya, em toda a Faixa de Gaza”. De acordo com um comunicado do gabinete do primeiro ministro, “dezenas de terroristas estão sendo eliminados todos os dias.”

Destruição total

No dia 7 de outubro, no sul de Israel, houve os primeiros ataques na cidade, ocasionando na morte de 1.195 pessoas, a maioria deles civis, segundo a AFP

O troco de Israel matou no mínimo 37.877 pessoas e também, na maioria deles, civis. Esses dados foram publicados pelo Ministério de Saúde, controlado por Hamas e seus exércitos.

Em Rafah, cidade situada na sua maior parte ao sul da Faixa de Gaza, exércitos israelenses fizeram uma intervenção terrestre nos primeiros dias de maio, ocasionando o fechamento do local.


 Tanque de guerra na Faixa de Gaza (Photo by JACK GUEZ/AFP via Getty Images)


Diversas agências de ajuda humanitária demostraram sua preocupação sobre a ameaça de fome que esse conflito trouxe para 2,4 milhões de habitantes em Gaza.

“Não há água lá, não há saneamento, não há comida. E agora, as pessoas estão vivendo de volta nesses edifícios que são como conchas vazias”, disse Louise Wateridge, da UNRWA, agência da ONU.

“Genocídio em Gaza”

Osama Hamdan, um representante do Hamas no Líbano, confirmou que o movimento islâmico recebeu a proposta mais recente, porém afirmou que ela não trouxe “avanços significativos”. Ele criticou as ofertas como “inúteis” e sugeriu que visavam apenas conceder a Israel “tempo extra para continuar praticando seu genocídio”. Segundo o Hamas, Israel recusou diversos pedidos de cessar-fogo e a retirada dos exércitos em Gaza.

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