Congresso dos EUA rejeita envio de bilhões para Israel em meio a tensões políticas

Eduardo Luzan Por Eduardo Luzan
3 min de leitura
Foto destaque: Presidente americano em discurso na Casa Branca (reprodução/REUTERS/Kevin Lamarque)

Em um movimento que reflete divisões políticas e tensões crescentes, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos rejeitou, na última votação, a aprovação do envio de 17,6 bilhões de dólares em ajuda a Israel.

A controvérsia, que polarizou democratas e republicanos, também revelou divergências dentro do próprio partido do presidente Joe Biden. A decisão, que teve 167 democratas votando contra, ocorreu em meio à ameaça de veto por parte do presidente Biden, evidenciando as complicações da política externa norte-americana.


Câmara dos Representantes dos EUA
Debate na Câmara dos Representantes nos EUA (reprodução/Jonathan Ernst/Reuters)

Motivos do veto

O cerne do desacordo está na busca por mais fundos para Israel pelos conservadores, especialmente influenciados pelo ex-presidente Donald Trump, enquanto alguns democratas insistem em incluir a Ucrânia no pacote de ajuda.

A recusa em liberar os fundos para Israel pode indicar um impasse entre o executivo e o legislativo norte-americano, refletindo nas tensões entre as duas maiores forças políticas do país.

Os republicanos, seguindo a linha traçada por Trump, buscam mais recursos para Israel, enquanto alguns democratas argumentam que é imperativo incluir a Ucrânia no mesmo pacote de ajuda.

Comboio entra na Faixa de Gaza

Em meio a esse cenário, um comboio da ONU com ajuda humanitária foi autorizado a entrar na Faixa de Gaza, composto por 20 caminhões permitidos pela passagem de Rafah.


Caminhão de abastecimento humanitário
Comboio de apoio humanitário atravessa Gaza e abastece comunidade Palestina (reprodução/Mohammed ABED/AFP)

Tensões com a Rússia

O presidente Biden enfatizou a urgência de apoiar a Ucrânia, sublinhando que apoiar o projeto de lei representaria um desafio direto ao presidente russo Vladimir Putin. A oposição à aprovação, portanto, poderia ser interpretada como uma concessão à liderança russa, agravando ainda mais as tensões geopolíticas.

Embora os Estados Unidos sejam o principal apoiante militar da Ucrânia, a liberação de novos fundos enfrenta obstáculos, apesar das demandas expressas por Biden e pelo presidente ucraniano Zelensky.

As últimas visitas de Zelensky a Washington não resultaram em avanços significativos, mostrando que os EUA enfrentam dificuldades para manter seu papel de suporte à nação ucraniana diante das crescentes ameaças geopolíticas.

Colunista do In Magazine
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