Coreias em alerta: Sul protege diplomatas em meio a escalada de tensões 

Lorena Camile Por Lorena Camile
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Foto Destaque: Coreias em alerta: Sul protege diplomatas em meio a escalada de tensões (reprodução/ OpenMapTiles/ geoBoundaries)

Após o governo sul-coreano, através do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul, elevar os alertas de segurança contra terrorismo em razão de postura norte-coreana para cinco escritórios diplomáticos, a tensão na península coreana parece estar ainda mais palpável para o mundo geopolítico.  

Reconhecimento de Alerta

Nesta quinta-feira (02), o Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul elevou os alertas de segurança contra cinco escritórios diplomáticos, sendo eles: as embaixadas no Camboja, Laos e Vietnã além dos consulados em Vladivostok, na Rússia e Shenyang, na China. O alerta utilizado pelo governo peninsular, “Atenção para Alerta”, é o segundo mais alto da escala de quatro, indicando uma real possibilidade de investida inimiga de acordo com o Ministério. 

Tal reação de segurança veio com a utilização de informações transmitidas pelo Serviço Nacional de Inteligência da Coreia do Sul, que nesta sexta-feira (03), disse em explícito que Pyongyang — capital norte-coreana — planeja ataques “terroristas” contra seus funcionários e cidadãos no exterior. Para mais, o Serviço de Inteligência (NIS) afirmou a detecção de índices copiosos de que o Norte esteja preparando ataques. Com o envio de agentes norte-coreanos para delegações na China, Sudeste Asiático e Oriente Médio, o Serviço de Inteligência segue a confirmação de vigilância de um para alerta de outro.  

Bandeira norte-coreana hasteada dentro da zona desmilitarizada, perto da vila de Panmunjom (foto: reprodução/ Kim Hong-Ji/ REUTERS)

“A Coreia do Norte enviou agentes para esses países para expandir a vigilância das embaixadas sul-coreanas e também realiza atividades específicas, como a busca de cidadãos sul-coreanos como possíveis alvos terroristas”. 

Mesmo com as alegações e reações a possíveis investidas, a embaixada norte-coreana em Londres não respondeu nenhum telefonema e a mídia nacional da Coreia do Norte, controlada pelo governo,  criticou os relatos contra o país.  

Contexto histórico

Logo após o fim da Segunda Guerra Mundial e pleno início da Guerra Fria, a península coreana já tomada pela separação de ideologias e territórios em consequência de extensos conflitos da segunda Grande Guerra, começou um dos seus maiores conflitos armados, A Guerra da Coreia (1950-1953). Em 1948, como resultado do início da Guerra Fria entre Estados Unidos e União Soviética, a península coreana com influência americana para o sul e soviética para o norte, lutavam pela afirmação de cada um ser o legítimo governo da Coreia, e nenhum lado aceitava as fronteiras como permanentes. Dois anos mais tarde, deu-se início ao conflito armado. 

Desde então, os dois países vivem em constante tensão diplomática e militar. Apesar disso, nos últimos anos foram realizadas tentativas dos dois lados para que ocorresse o plano de “Reunificação das Coreias”. O plano fora iniciado na metade dos anos 2000 e reafirmando pela Declaração de Panmunjom para a Paz, Prosperidade e Unificação da Península Coreana, em 2018, durante encontro dos líderes Estatais. Todavia, até o presente momento, com a frequente crescente de tensões em âmbito geopolítico, suspeita-se de que tal reunificação não seja mais possível. 

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