Ronnie Lessa, ex-policial acusado de assassinar a vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes no ano de 2018, teve sua permanência em uma penitenciária federal do Mato Grosso do Sul renovado por mais um ano. A decisão foi proferida pelo juiz Luiz Augusto Iamassaki Fiorentini, da 5ª Vara Federal de Campo Grande, nesta quarta-feira.
Gustavo Gomes aceita pedido para manter Lessa no presidio
Inicialmente, o magistrado havia determinado o retorno de Lessa ao Rio de Janeiro, alegando a falta de pedido de prorrogação do prazo pela Justiça fluminense até a data limite de 21 de março. No entanto, Fiorentini voltou atrás ao tomar conhecimento de uma decisão da 4ª Vara Criminal do Rio, do dia 19 de março.
O juiz Gustavo Gomes Kallil, da Justiça do Rio de Janeiro, aceitou o pedido do Ministério Público e decidiu manter Lessa no presídio federal de segurança máxima por até três anos. Apesar disso, o magistrado do Mato Grosso do Sul reconsiderou a decisão e autorizou a permanência do acusado, mas apenas pelo período de um ano.
Fiorentini justificou sua decisão, citando que, embora a nova regulamentação permita a fixação do prazo de permanência por até três anos, a situação do preso pode ser alterada periodicamente. Ele ressaltou a importância de não manter o detento desnecessariamente no sistema mais gravoso de cumprimento de pena.
Marielle Franco (Foto: reprodução/
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Preso desde 2019
Ronnie Lessa está sob custódia desde 2019 e foi transferido para o Mato Grosso do Sul em dezembro de 2020. Sua situação ganhou destaque recentemente com a homologação de seu acordo de delação premiada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Este acordo foi fundamental para as investigações que levaram à prisão dos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, além do delegado Rivaldo Barbosa, suspeitos de serem os mandantes do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes.
A decisão judicial quanto à permanência de Ronnie Lessa em uma penitenciária federal continua a gerar debate e especulações sobre os desdobramentos do caso. Enquanto isso, o processo segue em andamento, e as autoridades continuam empenhadas em buscar a verdade e a justiça para as vítimas e suas famílias.