Deputada do PSOL solicita prisão preventiva de Bolsonaro ao STF

Sâmia Bomfim afirma que a liberdade do ex-presidente representa risco à ordem pública e às investigações em curso

Yasmin Souza Por Yasmin Souza
Foto Destaque: Sâmia Bomfim (PSOL-SP) durante discurso na Câmara dos Deputados. A parlamentar pediu ao STF a prisão preventiva de Jair Bolsonaro (Reprodução/Elaine Menke/Câmara do Deputados)

A deputada federal Sâmia Bomfim, (PSOL-SP), encaminhou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), um pedido de prisão preventiva contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo a parlamentar, a liberdade do ex-chefe de Estado ameaça a ordem pública e pode comprometer a integridade das investigações sobre uma organização criminosa que planejava atentados contra lideranças políticas.

O ofício foi enviado após a Polícia Federal deflagrar uma operação que identificou militares e policiais ligados ao planejamento de assassinatos contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.


STF: Operação da Polícia Federal agrava denúncias contra Bolsonaro | CNN ARENA
Sobre a operação policial (Vídeo: reprodução /YouTube /CNN)

Pedido de prisão

No documento enviado ao STF nesta terça-feira (19), Sâmia Bomfim aponta que Bolsonaro tem influência sobre um grande número de pessoas, o que poderia ser utilizado para intimidar testemunhas ou dificultar as investigações. A deputada também sugere que o ex-presidente tinha conhecimento das ações criminosas e pode ter autorizado sua execução.

Para a parlamentar, a prisão preventiva seria necessária devido à gravidade das acusações e ao risco que a liberdade de Bolsonaro representa. “A manutenção da livre circulação do elemento é temerária, considerando sua presença ativa nas redes sociais e sua capacidade de mobilização política”, destacou Sâmia no ofício.

A operação da Polícia Federal

Na mesma data, a Polícia Federal realizou uma operação contra uma organização criminosa que planejava os assassinatos de Lula, Alckmin e Moraes. Entre os investigados estão militares da reserva e da ativa, além de um policial federal. A operação revelou a presença de um núcleo articulado dentro das forças de segurança, que utilizaria a estrutura militar para ações ilegais.

Até o momento, a defesa de Jair Bolsonaro não se pronunciou sobre o pedido apresentado pela deputada do PSOL. A solicitação segue em análise pelo ministro Alexandre de Moraes.

Sair da versão mobile