O rapper Sean “Diddy” Combs começou a ser julgado no dia 12 de maio de 2025 em um tribunal federal de Manhattan, nos Estados Unidos, após ser acusado de tráfico sexual, extorsão e conspiração. As acusações foram apresentadas pela cantora Cassie Ventura, ex-namorada do artista, que afirma ter sofrido estupro, abuso físico e psicológico durante os 11 anos em que os dois mantiveram um relacionamento. O caso chamou atenção da mídia e reacendeu debates sobre abusos cometidos por celebridades na indústria da música.
De acordo com os registros do processo, as denúncias foram protocoladas em novembro de 2023, quando Cassie decidiu tornar público o histórico de violência que, segundo ela, vinha sendo silenciado por décadas. Desde o início do julgamento, novas informações têm sido reveladas por testemunhas, incluindo relatos de festas organizadas por Diddy, onde mulheres eram submetidas a práticas sexuais sob o uso de drogas, em eventos chamados de “freak offs”.
Depoimentos reforçam acusações de abuso e intimidação
Durante as audiências, mais de 20 horas de depoimento foram prestadas por Cassie, que descreveu em detalhes os abusos vividos, incluindo agressões físicas e episódios de controle emocional. Segundo a cantora, os atos eram gravados e faziam parte de um padrão de comportamento do empresário.
Diddy (Foto: reprodução/Dave Benett/Getty Images Embed)
Outras testemunhas, como a ex-assessora Capricorn Clark, confirmaram que Combs teria ameaçado o rapper Kid Cudi após descobrir um envolvimento entre ele e Cassie. De acordo com Clark, Diddy chegou a ir armado à casa de Cudi com o objetivo de intimidá-lo. Já uma das vítimas, que depôs sob o pseudônimo de “Jane”, relatou ter sido forçada a manter relações sexuais mesmo quando manifestava sinais de exaustão.
Diddy nega crimes e pode ser condenado à prisão perpétua
Apesar das acusações, Diddy, de 55 anos, se declarou inocente. A promotora responsável, Emily Johnson, afirmou que o artista teria usado sua influência e riqueza para construir uma rede de exploração sexual encoberta sob a fachada de um império musical. Por outro lado, a defesa, liderada pelo advogado Marc Agnifilo, alegou que todas as relações foram consensuais.
O julgamento, que deve se estender por mais algumas semanas, é acompanhado de perto pelo público e pela imprensa. Caso condenado, Sean Combs pode receber uma pena de 15 anos até prisão perpétua, segundo o código penal norte-americano. O caso vem sendo considerado um dos mais emblemáticos envolvendo celebridades acusadas de violência sexual nos últimos anos.