A ex-presidente brasileira Dilma Rousseff informou neste domingo (23), que permanecerá no comando do Novo Banco de Desenvolvimento, popularmente conhecido como Banco dos Brics, por mais 5 anos, depois de obter o respaldo oficial do presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Dilma assumiu a presidência do banco em abril de 2023, com mandato previsto para encerrar em julho deste ano.
Sendo assim, a Rússia, que é responsável pela indicação dos responsáveis e que já havia defendido, no ano passado, a continuação da gestão realizada pelo Brasil, fez concretizar o plano do Brics.
Aprovação de Putin
Vladimir Putin demonstrou satisfação pelo trabalho de Dilma à frente do banco. Em junho do ano passado, durante um encontro em São Petersburgo, o presidente russo elogiou a brasileira e a parabenizou pelos avanços alcançados pela instituição em sua liderança.
A permanência de Dilma no cargo também representa uma boa integração com o Brasil, ao mesmo tempo em que serve os interesses da Rússia.
O país pode estar visando uma possibilidade de assumir a presidência do banco no futuro, quando por exemplo, o conflito com a Ucrânia já tenha chegado ao fim.
Objetivos do Brics
Atualmente, o Brics é composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, além dos novos membros que aderiram recentemente, como Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos.
Sob a liderança de Dilma, o banco tem como objetivo viabilizar o financiamento de projetos nos países que fazem parte do bloco.

Na reunião do Brics, Dilma enfatizou iniciativas de colaboração entre Brasil e China, como a ferrovia transoceânica, que tem o potencial de diminuir os custos de exportação entre os dois países, além de discutir temas como a taxação do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre produtos importados. Dilma falou sobre as ameaças de Trump em taxar até 100% os países do Brics se o bloco substituir o dólar como moeda oficial:
“Ele vai taxar a União Europeia? O euro é uma moeda alternativa”, ironizou a ex-presidente.