Donald Trump considera encerrar ajuda dos EUA à Ucrânia caso vença as eleições

Victor Kallut Por Victor Kallut
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Foto destaque: Donald Trump discursa durante evento de campanha em Las Vegas (Reprodução: David Becker/CNN)

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaça encerrar qualquer ajuda futura do país à Ucrânia, que permanece em conflito com a Rússia; a medida seria feita através dos seus aliados no Congresso. A promessa foi feita logo após a divulgação de um texto pelo Senado americano, no qual prevê que US$ 60 bilhões sejam enviados para a Ucrânia, e mais US$ 14 bilhões para Israel. Além disso, há também uma quantia de US$ 20 bilhões que seria destinada à reforma do sistema de imigração dos EUA, cujo os aliados do ex-presidente desaprovam.

Debate sobre imigrantes desvia atenção da guerra na Ucrânia

Donald Trump já declarou que, caso seja eleito em novembro, pode resolver a guerra entre russos e ucranianos “dentro de 24 horas”, mas não chegou a explicar como faria isso. Com a aproximação das votações para o novo mandato de presidente do país, seus aliados consideram que votar um texto acordado entre os dois partidos seria considerado uma vitória para os seus adversários, o que pode ter motivado as falas do candidato republicano.


Donald Trump, candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, após encontro com a Irmandade Internacional dos Caminhoneiros (Foto: reprodução/Andrew Harnik/AP)

Desde que a guerra na Europa começou, a Rússia tem feito pressão pelo fim da ajuda vinda do Ocidente ao país comandado por Zelensky. Como os Estados Unidos são os principais apoiadores das forças ucranianas, uma diminuição do seu apoio poderia significar um grande passo dos russos em direção à vitória.

Trump é a favor de fechar as fronteiras

Há meses, os republicanos pedem uma política migratória mais forte, principalmente devido à chegada de um número alto de imigrantes vindos da América Latina, através da fronteira com o México. O novo texto, segundo o líder da Câmara dos Representantes e aliado de Trump, Mike Johnson, é “morto”, embora os democratas considerem a nova proposição como a mais rígida em décadas. 

Para ser aprovado, a lei precisa ter o “sim” das duas casas do Congresso; os democratas são a maioria no Senado, mas a Câmara Baixa é controlada majoritariamente pelos republicanos: isso significa que, provavelmente, nenhuma resolução efetiva será feita em um futuro breve.

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