Donald Trump é condenado por caso de difamação

Rafael Almeida Por Rafael Almeida
3 min de leitura
Foto destaque: Trump em campanha para presidência dos EUA (Reprodução/Instagram/@realdonaldtrump)

Depois de uma longa batalha na justiça, o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump foi condenado a pagar US$ 83,3 milhões, cerca de R$ 409 milhões na cotação atual, para a jornalista E. Jean Carroll, que o acusou de destruir sua reputação como jornalista confiável ao negar tê-la estuprado quase três décadas atrás.

O caso começou quando Carroll, atualmente com 80 anos, processou Trump por ele ter negado, cinco meses antes, tê-la estuprado na década de 1990 no camarim de uma loja de departamentos Bergdorf Goodman, em Manhattan. Trump chegou a responder que nunca tinha ouvido falar de Carroll e a acusou de inventar a história para aumentar as vendas de seu livro de memórias.

Primeira vitória veio em maio de 2023

O caso começou a progredir após um julgamento em maio de 2023 concluir que Trump abusou sexualmente da escritora e depois prejudicou sua imagem em 2022, alegando que ela inventou a história. Nesse julgamento, o ex-presidente foi condenado a pagar 5 milhões de dólares à escritora, o que culminou na última condenação, onde um júri composto por sete homens e duas mulheres decidiu a favor de Carroll.


Jornalista Jean Carroll ganhou caso contra Donald Trump
Jornalista Jean Carroll (Foto: reprodução/X/@ejeancarroll)

Carroll recebeu um valor acima do pedido por ela, que inicialmente ficava na casa dos US$ 10 milhões, chegando a receber o valor de US$ 18,3 milhões por danos compensatórios e aproximadamente US$ 65 milhões em danos punitivos. O júri precisou de menos de três horas para conceder uma decisão favorável a ela.

Durante todo o processo, Trump realizou diversos ataques contra Carroll em sua própria rede social, a Truth Social, chegando ao ponto de fazer cerca de 40 postagens sobre ela.

Trump se pronunciou sobre o assunto na própria rede social

Após o anúncio da condenação, Trump classificou a situação como “absolutamente ridícula” e afirmou que deve recorrer da decisão. Isso ocorre em um momento em que o ex-presidente enfrenta uma série de outros processos civis enquanto tenta novamente a candidatura à presidência dos Estados Unidos.

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